Pular para o conteúdo principal

Americano gay e ateu doa para Igreja Católica US$ 100 milhões

por Marco Respinti
para o jornal italiano católico La Nuova Bussola

Robert W. Wilson
Robert Wilson se suicidou se
jogando do seu apartamento
Robert W. Wilson (foto) era um multimilionário norte-americano. Fez fortuna em Wall Street com os hedge funds (ou, para quem vive no mundo real, com os fundos especulativos). Robert W. Wilson era uma lenda viva, a quintessência do magnata nova-iorquino.

Robert W. Wilson morreu no final de dezembro, atirando-se do seu apartamento de luxo no décimo sexto andar do edifício San Remo (também de propriedade dele), que tem vista para o Central Park e fica em um dos mais esnobes bairros de Nova Iorque, o Upper West Side, endereço de celebridades como o diretor de cinema Steven Spielberg, os atores Demi Moore, Glenn Close, Dustin Hoffman, Steve Martin e Bruce Willis, o vocalista Bono Vox e o guru da Apple, Steve Jobs.

Só o apartamento, decorado com obras de arte fabulosas, foi avaliado em 20 milhões de dólares. O magnata, porém, nunca andava sequer de táxi: usava sempre a rede de metrô. Nas poucas vezes em que andou de táxi, rachou a corrida com algum outro inquilino do edifício.

Antes de se atirar ao vazio, Robert W. Wilson deixou uma mensagem. Ele sentia o fim se aproximando e não queria se preparar para sofrer o imprevisível. Pensou durante longo tempo no seu gesto final e se preparou para o fim do seu jeito.

Decidiu doar todos os seus 800 milhões de dólares à caridade. E doou. Na verdade, já tinha começado a doar dinheiro fazia alguns anos, ganhando assim o respeito e a estima dos americanos. Suas últimas centenas de milhões foram doadas ao World Monuments Fund, ao The Nature Conservancy, à Wildlife Conservation Society e ao Fundo de Defesa Ambiental (EDF, na sigla em inglês), um grupo ambientalista que bate e rebate na tecla da mudança climática: Wilson tinha zombado do assunto durante muito tempo, mas acabou sendo conquistado para a causa.

Quando se matou, há poucos dias, Robert W. Wilson tinha 87 anos de idade. Era notoriamente ateu. Tinha sido casado durante 35 anos. Divorciou-se e anunciou ao mundo a sua homossexualidade. Um ícone perfeito, em suma, do relativista politicamente correto. É precisamente por isso que um fato está dando o que falar: daqueles seus últimos polpudos pacotes de dólares, Wilson deixou 100 milhões nada menos que para a arquidiocese católica de Nova Iorque, liderada pelo combativo cardeal Timothy M. Dolan, que já foi presidente do episcopado norte-americano e que representa exatamente o contrário do seu estilo de vida e da sua ideologia.

Então, por quê? Porque, como o próprio Wilson explicou à Bloomberg News em 2010, "eu percebi que, em todo o nosso país, as escolas católicas estão fechando e que provavelmente Bill Gates não tem dinheiro suficiente para salvá-las". Sarcasmo nova-iorquino e realismo glacial. Ao ajudar os padres católicos da sua cidade, Wilson pretendia ajudar as escolas católicas e, através delas, fazer o máximo com os seus recursos: “Eu sou ateu”, declarou, “mas as escolas católicas têm uma qualidade excepcional e eu achei que era meu dever ajudá-las”.





Ateu encabeça lista dos maiores doadores dos Estados Unidos
janeiro de 2014

Ateísmo


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Entre os 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos

Ignorância, fé religiosa e "ciência" cristã se voltam contra o conhecimento

Vídeo mostra adolescente 'endemoninhado' no chão. É um culto em escola pública de Caxias

Oriente Médio não precisa de mais Deus. Precisa de mais ateus

Malafaia divulga mensagem homofóbica em outdoors do Rio

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Ateu, Chico Anysio teve de enfrentar a ira de crentes