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Sam Harris faz desafio aos críticos da ciência da moralidade

Harris propôs alternativa 
à moral ditada pela crença
O neurocientista americano Sam Harris (na foto abaixo) escreveu há três anos o livro The Moral Landscape ("A Paisagem Moral", Cia. Das Letras, R$ 49,50), onde defende ser possível ter uma ciência da moralidade para orientar a humanidade, em substituição à moral ditada pelas religiões ou contaminada pelo dogmatismo das crenças.

Como até agora, no entender dele, nenhum dos críticos do livro apresentou uma argumentação substancial, Harris lançou em seu blog um desafio.

Se alguém lhe mandar um ensaio de até mil palavras provando que a tese do livro está equivocada, que é impossível traçar para a sociedade o que é certo e o que errado a partir do método científico, ele publicará a contestação em seu blog e pagará ao autor US$ 20.000. “[Alem disso] vou retratar publicamente o meu ponto de vista.”

De qualquer forma, mesmo que alguém não consiga abalar a tese do seu livro, ele publicará o ensaio mais bem escrito e pagará ao seu autor US$ 2.000.

Ele convidou o filósofo Russell Blackford, que é um duro crítico do livro, para ajudá-lo na avaliação dos ensaios, de modo a compensar a sua própria ignorância e provável preconceito.

Harris só vai receber as contestações a partir do dia 2 de fevereiro de 2014, porque quer incentivar os seus críticos a fazerem trabalho de qualidade. “Eu não quero receber um monte de rascunhos, ate porque não terei tempo para ler tudo.”

Quando foi lançado, o livro causou polêmica entre religiosos e cientistas. Para estes, a ciência é neutra e, portanto, não pode subsidiar a formação de uma moral.

Harris, contudo, é de opinião de que a investigação científica pode resolver problemas morais, porque o bem-estar humano está relacionado a estados mentais mensuráveis pela neurociência. “Por isso, é possível investigar a felicidade humana.”

Em uma entrevista concedida em 2011, ele criticou a moral que sofre influência das crenças. “O problema com relação à religião é que ela dissocia as questões do bem e do mal da questão do bem-estar”, disse à Veja.

Harris quer estimular o
 debate em torno de seu livro
“Por isso, a religião ignora o sofrimento em certas situações, e em outras chega a incentivá-lo. Deixe-me dar um exemplo. Ao se opor aos métodos contraceptivos, a doutrina da Igreja Católica causa sofrimento. É coerente com seus dogmas, embora eles levem crianças a nascer na pobreza extrema e pessoas a ser infectadas pela aids, por fazerem sexo sem camisinha. Através das eras, os dogmas contribuíram para a miséria humana de maneira tremenda e desnecessária.”

Para ele, “as questões morais possuem respostas corretas”.

“Se o bem-estar humano surge a partir de certas causas, inclusive neurológicas, quer dizer que existem formas certas e erradas para procurar a felicidade e evitar a infelicidade. E se as respostas corretas existem, elas podem ser investigadas pela ciência. Chamo de ciência o nosso melhor esforço em fazer afirmativas honestas sobre a natureza do mundo, tendo como base a razão e as evidências.”

Com informação do Blog de Sam Harris, entre outras fontes.





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junho de 2012

Ateísmo


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