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Retirada de crucifixo de tribunais é 'uma ofensa', afirma arcebispo

Dom Odilo defendeu a tradição
da exposição do crucifixo 
Dom Odilo Pedro Sherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, disse ser uma “ofensa” à Igreja Católica a forma pela qual a Justiça do Rio Grande do Sul decidiu retirar os crucifixos e demais símbolos religiosos de seus tribunais.

“Houve constrangimento”, disse. “Criou-se um problema que não havia.”

Ao participar ontem (26) à noite do programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, dom Sherer reconheceu que a Igreja não pode “pretender exigir” a presença de seus símbolos nos tribunais.

“O Estado é laico”, afirmou. Mas ainda ele assim defendeu a permanência dos símbolos católicos no espaço público porque  eles fazem parte da tradição e da história do país.

Ao responder uma pergunta sobre o desconforto que alguém que não seja católico, como judeu e ateu, possa ter ao ser julgado diante de um crucifixo, Sherer disse que o símbolo não interfere nas decisões dos juízes, que se baseiam nas leis.

O arcebispo reafirmou, durante a entrevista, a posição da Igreja sobre temas como aborto, casamento de homossexuais e uso de contraceptivos.

Ele reconheceu que a Igreja Católica tem perdido fiéis para as denominações evangélicas. E isso, segundo ele, se deve a vários motivos, que vão desde aos problemas internos, como a falta de sacerdotes, aos “métodos de arrebanhamento de fiéis por alguns grupos religiosos”, que prometem milagres e “solução para todos os problemas da vida”.

Afirmou que isso a Igreja Católica nunca fará.

Valores seculares determinarão a moral do século 21, diz Dawkins.
janeiro de 2012

Secularismo.   Religião no Estado laico.    Religião na Justiça.

Comentários

Anônimo disse…
Se todas as coisas fossem mantidas pelas suas tradições, não haveria evolução. Seríamos um país escravocrata, dependente das safras do algodão e do café, com sociedade machista, e oficialmente um país católico, como já foi, entre outras coisas. Se como ele mesmo disse, o crucifixo não influi na decisão do juiz (não quero nem pensar o contrário), nem tem uma razão de estar nos tribunais, é algo inútil, que polui o visual do ambiente sem ter uso nenhum. O que fazemos com algo que está sobrando na casa? não nos livramos dele? Que se faça o mesmo com o crucifixo, além do que ele fere a constituição que não prevê privilégio a nenhuma religião, e só esse motivo já bastaria pra sua retirada. Ass: Winston Smith
Israel Chaves disse…
"Se todas as coisas fossem mantidas pelas suas tradições, não haveria evolução."

Exato. O problema é que as religiões são contra a evolução.
Aí dá nisso.
Anônimo disse…
A igreja é arrogante além de ser velha e ultrapassada com seu machismo besta do século passado ela ainda acredita que o mundo deve estar subjugado a ela eu assisti a entrevista ele padre é bastante escorregadio e esta bem treinado pela igreja. Na minha opinião ele falou falou e falou e por fim não disse nada.
Eles querem é o poder sobre o Estado, sobre as mentes e os corações. Dominar-nos a todos, subjugar pessoas e as demais instituições.
Avelino Bego disse…
Resumindo o texto do arcebispo:

"- Mimimimi"
Bruno Nigro disse…
Ofensa, Sr. Bispo, é o Vaticano acobertar pedófilos e excomungar menina de 9 anos que fez um aborto após ter sido estuprada e sua família, enquanto o estuprador nem ao menos foi mencionado pela mesma Igreja.
Anônimo disse…
¨Criou-se um problema que não havia¨ Não havia pra ele que é ignorante.
Unknown disse…
Eu assisti ao programa Roda Viva de ontem. Dom Odílio me pareceu muito coerente com a doutrina católica que segue e defende. Ele foi muito feliz ao dizer que a Igreja não pode pretender exigir que seus símbolos religiosos, leiam-se crucifixos, permaneçam nos tribunais. Entendo que os católicos possam se sentir ofendidos com a retirada de seus símbolos como se fosse um mal que se expurga dos tribunais. Entendo, também, que tais símbolos fazem parte da tradição cultural do nosso país. Mas as tradições mudam. Esses símbolos representam, sim, a cultura de nosso povo, que é, fundamentalmente, cristã e católica. Em outras palavras, o Estado é laico, mas a sociedade é cristã. Não obstante esses símbolos representarem a cultura de nossa nação, eles representam, também, a religião católica. E por representar essa religião é que a permanência desses símbolos nos tribunais e demais repartições públicas, governamentais, fere a laicidade do Estado.
Cultura Ateísta disse…
Pra ele é uma ofensa, para as outras religiões que não é dele a permanência também é.
É muito cara de pau ele.
Pelo mesmo motivo histórico teria que colocar símbolos de outras religiões aí ele vai se sentir ofendido não vai?
Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Kelvin disse…
"Se todas as coisas fossem mantidas pelas suas tradições, não haveria evolução."

Concordo e discordo. A evolução deve acontecer. Mas naturalmente. Não se pode forçar uma nação católica a deixar de ser católica de uma hora para outra. O jeito correto de fazer isso é reeducando. O que leva tempo.
Anônimo disse…
Vamos adaptar a frase de Voltaire para os dias de hoje: "O mundo só irá evoluir quando o último pastor for enforcado com as tripas do último padre." /fim
Anônimo disse…
"Nunca fará..." de novo né Dom Odílio? Por que já fez muuuuuitooo... ou agora vai dizer que não é a mesma igreja que vendia indulgências e "objetos sagrados com poderes miraculosos" lá pelos idos dos séculos XIII e XIV? Enfim... eles - os pentecostais - são hoje o que o catolicismo já foi (e ainda o é em alguns círculos como o tal do "movimento carismático" cada dia mais igualzinho aos Malafaias da vida...)
Daniel disse…
TJRS sempre ousado. Parabéns a justiça gaúcha pelo exemplo que deve ser seguido por todos os tribunais e instituições públicas do país.
Anônimo disse…
eu concordo com vc, esse é um pais laico!!
Kelvin disse…
Concordo com você, colega. Ele me pareceu coerente também. Apesar de ser um padre. Um religioso. Aliás, há tempos que a igreja está se direcionando a uma linha mais integra de pensar. Eles até já aceitam a evolução. Não falta muito para que, daqui a alguns anos, a igreja venha a aceitar o aborto, por exemplo.
Kupo! disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Kupo! disse…
Como ateu, acho irrelevante a tirada dos crucifixos dos tribunais. Afinal eles "não cagam, nem cheiram".
Imagino que há problemas muito maiores que o estado teria que resolver e que trariam muito mais benefícios a vida de todos.
Rafael disse…
Lugar de crucifixo é na igreja dele. Ninguém é obrigado a entrar num tribunal e dar de cara com uma escultura de um cadáver torturado.
Unknown disse…
Kelvin

Acho difícil a Igreja Católica ou qualquer outra igreja aceitar o aborto. Aliás, a Lei já o tolera em dois casos: gravidez que possa matar a gestante ou gravidez contraída através de estupro. Creio que seja o suficiente. Eu sou ateu e sou contra o aborto.

A maneira como o Dom Odílio argumentou a esse respeito no programa Roda Viva de ontem vai ao encontro do que eu penso. Não é necessário ser religioso para achar o aborto um absurdo, com exceção dos casos previstos na lei. Não há problema algum do ateu ter idéias semelhantes à dos religiosos. Achar que tudo o que é religioso não presta é uma tolice.
Cicerone disse…
Esta nação não é católica, meu caro. O Estado é laico e a nação é compostas de muitas crenças e descrenças. Estes símbolos passam uma ideia de privilégio de uma religião em detrimentos das outras e causam constrangimento (entre outras coisas) aos não católicos.
Unknown disse…
Uma coisa não exclui a outra. Sim, há problemas mais relevantes a serem resolvidos. Contudo, não se pode renegar a importância da manutenção do Estado laico. Retirar os crucifixos é uma ação simbólica que ajuda no entendimento da separação do laico do sagrado. É importante.
Juliano Beretta disse…
Este foi um mérito da Liga Brasileira de Lésbicas.
Jacques disse…
Um estado que é laico só no papel não é laico porcaria nenhuma.
Além de todos os abusos milenares perpetuados por essa religião ultrapassada e fútil, hoje em dia eles ainda tentam adaptar cada nova descoberta científica a favor de sua doutrina tacanha.
Lastimável, pra não dizer patético.
Anônimo disse…
A igreja nunca vai aceitar o aborto, porque uma das leis de Deus é " Não matar". Ela vai ser fiel a este mandamento até o final dos tempos. Isto é um pensamento mundano, daqueles que pensam que esta vida termina aqui , e não acredita na eternidade . Mentalidades materialistas de quem não acredita que Deus dá o dom da vida, e só ele pode tirá-la .
Anônimo disse…
Quem vira as costas para o Cristo na cruz, Cristo vai virar as costas para ele no dia do julgamento final. Os ateus, materialistas, terão sobre seus ombros a grande responsabilidade de não guardarem suas posiçoes para si mesmos, e terem espalhado sua mentalidade atéia e pagã para a humanidade.
Yuri disse…
/\ blablabla mimimi nhemnehmenhem
Só cristão acredita nessa baboseira.
João disse…
Se não deve ser retirado, então façamos um rodízio de todos os símbolos de todas as religiões para respeitar a todos - já que o direito de todos é "igual".
Como isso é ridiculamente difícil de operacionalizar para agradar a todas as religiões, a melhor opção é respeitar a todos não tomando partido nenhum. O que está de acordo com o fato de o Estado ser laico. Ponto.
João disse…
Correçãozinha para o texto do colega Anônimo aqui de cima: "A Lei de Deus é não matar" DESDE que esteja de acordo com o pensamento cristão e que não fira as valores de sua igreja. As Cruzadas e a Inquisição eram "legítimas" de acordo com a igreja.
Eu, particularmente, sou a favor do aborto ao invés de fazer uma criança sofrer tudo o que ela pode sofrer se não tiver os pais preparados para serem pais. E, acredite, muitos pais não estão nem de longe preparados para serem pais. Só quer prazer - e o dever, necas.
Fernando disse…
Os crucifixos não nos incomoda, mas preferimos a não existencia deles.

"que prometem milagres e “solução para todos os problemas da vida”"

O que a "igreja" católica ainda não aprendeu é que Jesus é um Deus de milagres, o maior e mais importante milagre é a salvação.

"Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. Lucas 10:20"
Anônimo disse…
Se ele abrisse o verbo voces não iriam gostar.
Anônimo disse…
Esse Fernando Cristão, não tinha sido expulso do Blog?
Muda o Nick e continua colando versículos aqui!!!
Que saco!
Anônimo disse…
Exatamente, essa retirada mostra que tem gente que entende o significado de "Estado Laico", e quer exigir que seja exercido de maneira correta. Pq da mesma maneira que começa com crucifixos em tribunais, poderia se estender a outros lugares, com essa retirada, os papéis se invertem, o direito do secularismo que pode crescer.
Pior são os nicks que ele escolhe: Irmão, Filho de Abraão...

Ah, jura?! O que vai ser depois, Apóstolo?! Discípulo de Jesus?!

Ah, vá!
Michelle disse…
Se para o Dom Odilo a retirada de crucifixos dos tribunais é uma ofensa à ICAR, adivinha só: as atrocidades contra a humanidade que a ICAR foi responsável durante milênios (as coisinhas de praxe que todo mundo já está careca de saber: Inquisição, Cruzadas, a Noite de São Bartolomeu, perseguição de judeus, conluio com o regime nazista, defender e proteger padres pedófilos, ser contra o direito das mulheres e da comunidade GLBT, ser contra o uso de camisinha e métodos anticoncepcionais, tentativas de barrar o progresso científico, etc) é uma ofensa à mim e - com toda certeza - à todo humanista que se preze.
Anônimo disse…
Caro Kupo!, se alguma coisa em sua casa não fede nem cheira você deixa ela lá, limpando constantemente, sendo que ela não lhe será útil em nada, nem como um valor sentimental? Eu jogaria fora. Eu acho que algo semelhante deve ser feito nos tribunais, já que até o bispo concorda que o crucifixo está sobrando no lugar. Quanto ao cumprimento de leis, acho que tanto leis menos importantes quanto mais importantes devem ser cumpridas com o mesmo empenho, pois, ao se cumprir uma e ignorar outra por ser menos importante, o governo já não faria jus a sua missão, que é governar a nação de modo justo, cumprindo todas as leis, e mostraria que não tem competência suficiente para gerir este país. Ass: Winston Smith
Felipe... disse…
QUEREMOS IGUALDADE DIZ A IGREJA:

MAS QUANDO SE TRATA DE OUTRAS RELIGIÕES E MINORIAS LOGO SOLTAM UM GRANDE FODA-SE.
Anônimo disse…
O Paulo Roberto "dono" do blog decidiu vestir a camisa de ateu militante criando um blog anti- Cristo e quer sair como bom moço não arcando com as consequências? Ele pensa que seria fácil? Que bonitinho que ele.
Felipe... disse…
Bonitinho é igreja tentando tomar conta estado novamente, tu é um dos que quer ver a minoria morrendo né?
Se sentir ofendido? Que pena!
Camila disse…
Concordo integralmente.
Fabiano disse…
Dados que sustentem esse afirmação, por favor. Primeiro defina o que é: "morrendo no pecado". Depois, mostre que a maioria das pessoas está morrendo nisso.
Anônimo disse…
Morrendo no pecado isto deve ser algum preceito da seita dos cristãos ? Dados mostra que as pessoas estão vivendo mais e melhor. E outra neste mundo as pessoas morrem de acidentes, de doenças, de desastres naturais ,morrem vítimas da criminalidade. Só nunca vi ninguém morrer de pecado o que é isto ?? nunca ouvi falar de um médico legista por no atestado de óbito causa morte pecado. Vai entender e depois dizem que deus é grande.AHUA KAKAKA
Anônimo disse…
torturado barbaramente e morto,. por todos ,e continua sendo torturado nos dias de hoje. tenho a cruz de Cristo em meu peito, e em minha casa, e o mais importante em meu coração.dou graças a Deus que minha familia tambem
Michelle disse…
De acordo com a crença do Filho de Abraão, a maioria das pessoas estão morrendo no pecado por perderem a virgindade antes de casar ou por usar camisinha ou por usar métodos anticoncepcionais ou por serem homossexuais ou por não acreditarem no deus dele ou por não seguirem a religião dele ou por nao fazerem o que o deus dele quer, etc, etc, etc...
Igor disse…
Se me permite, gostaria de ressaltar algumas coisas:

Primeiramente, nossa sociedade não é cristã, mas sim de maioria cristã. Fazer afirmações deste tipo, além de ser uma modalidade de generalização apressada, acaba se aproximando do preconceito e da intolerância, visto que ignora a identidade religiosa individual tanto dos cristãos (que possuem diversas denominações e diferenciações), quanto os dos que não são cristãos – impondo-lhes essa condição como “sociedade”.

Segundo que a “tradição cultural” dos símbolos religiosos em repartições públicas brasileiras é exclusiva da Igreja Católica Apostólica Romana, e não cristianismo em geral. Ela remete à época que a Igreja Católica Apostólica Romana era oficial, no regalismo e confessionalismo do Império brasileiro, que por sua vez não permitia influencia de poder de nenhuma outra religião. Outras denominações cristãs, como os protestantes, ou as não-cristãs, eram somente toleradas, com liberdade de crença limitadíssima (e até marginalizada), e de forma alguma o crucifixo era a exposição dessas crenças (até porque era proibido pela Constituição da época). Para se ter exemplo, no projeto da Constituição de 1824 chegou-se a cogitar a proibição de votar e ser votado todo aquele que não confessasse a religião do Império, e esta (Constituição) acabou sendo promulgada proibindo que se tornasse deputado ou Imperador quem não fosse católico (assim como no cargo de Senador, mas por força de outra legislação). Veja que tradição não pode ser entendida como do cristianismo em geral...

Essa união, inclusive, acabou sendo concluída como prejudicial à sociedade, o que culminou justamente na adoção do princípio da laicidade – que compreende a retirada dos crucifixos das repartições públicas – na formação da República brasileira, e hoje é tido como um dos pilares da nossa democracia. Portanto essa tradição católica de impor crucifixos nas repartições do Estado não pode ser valorada como positiva e legítima, pois está vinculada justamente aos momentos não-democráticos, não-republicanos e de discriminação oficial. É só tradição cultural nos locais privados, seja das religiões, seja dos seguidores, e não do Estado (este somente tem o dever de garantir a proteção aos seguidores e religiões em seus âmbitos particulares).

E, claro, nosso país não teve somente uma cultura, somente uma tradição. Diversas culturas e tradições não cristãs também fazem parte da história de nossa sociedade, sendo, portanto, uma sociedade multicultural, e não “cristã e católica”. Essa coisa de dar importância social somente ao cristianismo desrespeita a história cultural de nosso país...

No mais, concordo com você! O crucifixo é símbolo católico, e isso importa em confissão, e o Estado não pode confessar a fé católica, sob pena de violação da laicidade!

Em tempo: para alguns cristãos não há tradição nos crucifixos, visto que eles não têm veneração às simbologias.
Felipe... disse…
Morrendo no pecado?


E depois nós somos os intolerantes
José Agustoni disse…
UI! que medo do "verbo" do arcebispo.
Lia de Souza disse…
Foi na veia. Isso mesmo. Se não fazia e faz ainda, como ele justifica depósitos de bengalas, muletas, pernas de cera, etc. mas igrejas pelo mundo? O turismo dos milagres em Aparecida, em Fátima, em Lourdes?

Essas p%$# nem mentir sabem mais ¬¬

Pô, deveria ter um trequinho aqui pra positivar o comentário.
Anônimo disse…
Uma curiosidade: essa frase Voltaire tirou de um escritor pouco conhecido do início do século XVIII, um padre de província francês chamado Jean Meslier, que paradoxalmente foi considerado o primeiro escritor abertamente ateu da história. Ele ocultou seus escritos até sua morte, quando foram descobertos e foram parar no mercado clandestino de manuscritos da França.

Voltaire, na verdade, apenas publicou alguns extratos dos escritos do padre (o que o tornou conhecido mais amplamente), mas o adaptou a seu deísmo burguês, tirando dos escritos originais todo seu radicalismo ateu e comunista.

A "metáfora das tripas", como foi chamada, foi escrita pelo padre mais ou menos da seguinte forma: "E conheci um camponês revoltado que desejava que os grandes da terra fossem enforcados com as tripas dos padres". Não se sabe ao certo se esse camponês existiu realmente ou se Meslier o inventou a título de ilustração. A frase, é claro, por meio de Voltaire, foi indefinidamente adaptada ao longo da história, mas essa é sua verdadeira origem ;=)

Uma das poucas obras em português sobre o "padre ateu" (e a primeira de fôlego, creio) foi escrita por Paulo Jonas de Lima Piva, chama-se "Ateísmo e revolta: os manuscritos do padre Jean Meslier" e saiu em 2006 pela Editora Alameda. Vale muitíssimo a pena, tanto que já li duas vezes! ^^

Grande abraço!
Anônimo disse…
Fico me perguntando se esse mesmo indivíduo tivesse que comparecer à uma sessão onde o símbolo acima do juiz fosse a imagem de um Exú-caveira. Será que ele se sentiria constrangido?
Claudio
zemaria disse…
O que os inimigos da paz (pois quem é inimigo de Cristo é inimgo da paz) não querem enxergar é que o crucifixo não é um símbolo da Igreja Católica, mas um memorial da maior de todas as injustiças já cometida pelos homens em todos os tempos, por isso deve estar presente nos tribunais sim, para lembrar os ilustres juízes que seu dever é fazer justiça, porém concordo com a retirada sim, porque a nossa justiça é injusta e privilegia quem tem muito dinheiro. Uma vergonha! Pelo menos as injustiças não serão cometidas na presença do crucifxo. - Que Jesus perdoe os seus inimigos, como pede que perdoemos os nossos, assim como perdoou Judas. - Senhor, perdoai os milhões de Judas que te perseguem hoje!
Michelle disse…
zemaria,

Então pq não colocar - num prédio público - a imagem de Prometeu que se sacrificou pela humanidade ao roubar fogo dos deuses e entregá-lo aos homens e que teve como castigo ser amarrado numa pedra e condenado por toda a eternidade a ter seu fígado comido por uma águia? Ou colocar a imagem do Preto Velho que é o espírito que representa a sabedoria, humildade e paciência ou da Escrava Anastácia?

Afinal, essas entidades (imaginárias ou não) tb sofreram injustiças.
Mello disse…
Argumento nota 10.
Mello disse…
Muito bom Igor, parabéns.
Mello disse…
Nao existe inimigo de Cristo, pelo mesmo motivo que nao existe inimigo de Horus, Juju da Montanha, Iris, Super Homem. ELES NAO EXISTEM!
Anônimo disse…
Bruno Nigro, falou pouco, mas disse tudo!
Anônimo disse…
É que estuprar deus deixa, até bate palmas.
Anônimo disse…
Coitadinhos dos pobres ateus e evangélicos.
Tenho dó dessas criaturinhas...
A vida ainda ensina....
Fabiano disse…
A vida ensina o que, grande sábio anônimo?
Anônimo disse…
Se Cristo virar as costas para mim eu "crau", nele.
Anônimo disse…
Anonimo,meu caro, você é apenas um humano, não possui a sabedoria que acha,é uma grão de poeira cósmica pairando sem destino certo na eternidade do espaço, você nem ao menos chegou a viver duas décadas, tudo que você sabe esta errado, acorde para a realidade do mundo,nos estamos sozinhos,eu posso sentir o medo de dilacerando por dentro,mas eu receio que a carnificina interna continuara até suas funções vitais cessarem.Nascemos condenados ao inferno do mundo e após isso, a morte.
RSOUZA disse…
..bom esse assunto é bem complexo..o crucifixo que está na parede é só mais um artefato...mas e quanto ao juramento com a mão na biblia????Dependendo de qual versão bíblica está sendo apresentada isso quer dizer uma tendencia nas decisões????.. Por exemplo..eu sou judeu..se fosse convocado a depor eu teria que jurar sob a biblia católica ao invéa da torá???

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