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Religião usa símbolos da morte para provocar medo e ódio

por Concí Sales a propósito de
Anglicano afirma que uso da cruz não é essencial para cristianismo

Cruz cristã
sacraliza
a violência
A cruz é um absurdo do ponto de vista teológico. Nenhum Deus precisaria matar um ser humano para supostamente dar vida a quem quer que fosse. Isso é claramente papo de sacerdote doido para satisfazer seu instinto sádico do prazer do sangue, além de gozar com o sofrimento da vítima.

Cruz representa a maldade humana no grau máximo, a violência duplamente qualificada. Segundo Foucault, a sacralização da violência é a sua instituição como memória, a chamada violência exemplar.

Os religiosos usam lúgubres e tétricos símbolos de morte para provocar inconscientemente medo, repulsa e ódio. Trata-se de manipulação sentimental e dominação via controle e repressão sexual. Pura escravização das emoções e dos afetos.

As religiões são peritas nisso e, para tanto, valorizam em excesso os símbolos. Os crucifixos e o seu "deus" morto, ensanguentado, imediatamente estimulam no inconsciente do devoto o medo do castigo que lhe aguarda.

A mensagem sublimar do “Deus não poupou sequer seu próprio filho” é: "O que Ele não será capaz de fazer conosco, que o matamos"? Além, é claro, de uma contrição meio que forçada: "Oh, Jesus, sofrestes tanto por amor de mim, e eu não quero sofrer coisa alguma por amor de Vós"!

Eram com tais "piedosas leituras" que as freiras nos catequizavam no meu tempo de menina. Mas eu tinha uma colega (aliás depois expulsa) que dizia: "Oh, Jesus, sofrestes tanto por amor de mim, não deixarias que eu sofresse DESNECESSARIAMENTE, não é mesmo? Faça com que possamos ir à festa, eu e a minha amiguinha Concí”.

E eu, puritana, a achava tão desavergonhada! Mas fugia, e ia! Depois voltávamos muito serelepes e agradecíamos ao nosso "bom" amigo ensanguentado e torturado. Bons tempos.





Ministro do Supremo apoia retirada de crucifixos dos tribunais
março de 2012 

Comentários

Belo texto, Concí, como sempre.
Anônimo disse…
Excelente ponto de vista, Concí! Espero que este texto permita uma saudável discussão por aqui. E, digo por mim, a máxima ''deus não poupou seu próprio filho'' me fazia chegar a sua mesma conclusão, conclusão essa que me amedrontava até 6 meses atrás, quando ''conversando com deus'' pela última vez, após meses de anti-clímax, me notei pela primeira vez um lunático falando sozinho e me tornei completamente ateu. Cada um com suas histórias! rssss... Ass: Winston Smith
Anônimo disse…
No ponto de vista humanista realmente é um absurdo que um deus tivesse que matar seu próprio filho para salvar os humanos dele mesmo ,pois o ofendido sempre foi ele mesmo pois jesus teria vindo salvar o homem do pecado original e a quem era o pecado original senão a deus . Pois se ele é todo poderoso o que ele não podia mudar? bastava ele querer. Seria muito mais fácil perdoar de coração do que sair matando pessoas e animais para que ele fosse recompensado de algo e pudesse dar o perdão . Fica parecendo uma prenda ,você da uma prenda a deus e ele te beneficia com o perdão. Mais o religioso teima em insistir que não entendemos as coisas espirituais ,mais o problema é que isto é algo totalmente inconcebível. Ou este deus é mesmo um sadico.
Anônimo disse…
Belo texto Concí!
Não entendo como pessoas se ajoelham perante um instrumento de morte.
Agora imaginem se Jesus fosse executado por:
-Empalamento [iriam venerar uma lança?];
-Decaptação [iriam venerar a guilhotina/ ou machado/espada?];
-Fogo [iriam venerar uma fogueria?];
-Enforcamento [iriam venerar um forca?].

Apenas doidos veneram instrumentos de execução.
Tecnicamente, Baphomet, a suposta lança que atravessou o lado Jesus é considerada sagrada até hoje.

Vai entender esse pessoal, que tara pela morte!
Anônimo disse…
Hahahahahahaha...
A minha estória é mais irônica, eu me tornei ateu adivinha quando?
Justamente no dia da minha crisma! Eu sempre me questionava sobre os dogmas da igreja [desde os 13 anos], mas passei a pensar de verdade quando começei a minha crisma [forçado pela família] aos 15 anos.
Pois é, foi quando eu entrei na igreja para receber a crisma que eu decidi minha crença [descrença]. Durante a celebração da missa fiquei filosofando, nem prestei atenção na missa, apenas fiquei refletindo sobre tudo o que tinha aprendido até o momento. Aí veio a questão fundamental, ser ou não ser?
Entrei na igreja para receber uma "benção de deus" e sai ateu. Hehehehehehehe.
É ou não é milagre Winston Smith?
Anônimo disse…
Hahahahahaha... é verdade Luan, esqueci desse detalhe.
Então é bem provavel que iram adorar outras coisas, como a forca ou a guilhotina por exemplo.
Você já se perguntou, "E se Jesus fosse uma barata"?

Eis a resposta:

http://www.euateu.com/2012/01/se-jesus-fosse-uma-barata_09.html
Anônimo disse…
É milagre sim, Baphomet! Que história, hein?! Essa é pra contar pros netos (rssss...). No meu caso, virar ateu foi fichinha perto de revelar isso pros meus pais. Contei faz 4 dias, isso mesmo! Meu pai aparentemente agüentou bem a pancada, e manteve uma postura amistosa que eu jamais esperaria, já minha mãe ficou chocada, e embora esteja do meu lado, prometeu fazer orações e mais orações por mim, para que eu me arrependa do que disse. Meu pai é um grande questionador como eu, e me disse depois que não entendia porque o padre fala que na bíblia diz pra não adorar imagens nem figuras de qualquer tipo, e depois se ajoelha perante a imagem de N. S. Aparecida pra rezar a Ave-Maria. O problema é que ele quer tirar a dúvida com o padre, e aí você sabe, né? Lavagem cerebral na certa. Eu já disse pra ele pensar por ele mesmo e nunca deixar que ninguém pense por ele... mas tudo bem, meus pais são gente boa e eu compreendo que é demais esperar a mesma coisa deles, pois eles, embora muito inteligentes, foram desencorajados a pensar coisas do tipo, pois foram criados em famílias extremamente religiosas (minha bisavó rezava um terço e um rosário (três terços) todo dia). O importante é que a convivência está boa como sempre e eu não fui expulso de casa... Ass: Winston Smith
Anônimo disse…
São muitos seculos de doutrinamento. Mas sem duvida, se tivesse sido fuzilado, Cada igreja um fuzil pendurado para adoração.
Anônimo disse…
Começei a virar ateu quando aos cinco ou seis anos por ai, acendi uma velinha para a santa, e vi quando o sacristao apagou e colocou a mesma para vender novamente.
Unknown disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
AlyneS2 disse…
^^Pois é viramos ateus
Pena que são poucos que se despertam^^
As vezes me envergonho de ter acreditado em Deus, mas aí eu me lembro que eu era apenas criança^^
É bom rir um pouco^^
Felipe... disse…
Anglicanos, sempre dando lição de moral na igreja catolica

sauusauashuashuashu
cão das lágrimas disse…
Ótimo texto.

Religiões institucionalizadas apenas visam ao poder, principalmente através da difusão de medo e culpa, dois sentimentos que estão na origem da maioria dos transtornos mentais dos indivíduos. .

Elas mais prosperam onde mais existe primitivismo intelectual, despotismo, recalques, repressão sexual, precariedade financeira, posturas místicas.

Sua simbologia e suas deidades mitológicas são utilizadas com o objetivo de reforçar estas características nas pessoas, uma vez que estas, quanto mais timoratas e fustigadas pela culpa, mais facilmente serão dominadas pelos discursos das “autoridades eclesiásticas” que, por sua vez, no mais das vezes, são indivíduos que se definem tão somente pela baixeza de caráter.

Reportando-nos às religiões judaico-cristãs, percebemos claramente a exaltação de um comportamento casto (“Virgem” Maria, “Imaculada” Conceição, etc) como ideal de conduta, com a pobreza sendo algo que deva ser suportado como “provação”, ou mesmo considerado como algo nobre e edificante.

De forma incisiva ou velada, na maioria das vezes prestam um grande desserviço à humanidade. Contribuem para fazer do homem um ser dependente, frívolo, fraco e inautêntico.

Um abraço
Juliano Correa disse…
Não basta o deus do deserto do oriente médio ter entregue seu filho à morte, seus seguidores ainda mantém o ritual de comer do corpo e beber do sangue dele. Vai entender os cristãos...
Unknown disse…
Penso que a maioria de nós, ateus, já o éramos há muito tempo. A decisão de assumir-se ateu é que pode ser algo recente.

Assumir o ateísmo nosso de cada dia para a família e para a sociedade pode ser bastante penoso e, em alguns casos, fatal.

Quando eu me recordo do meu tempo de criança e adolescente eu não consigo me lembrar de ter levado Deus a sério. Acho que nunca senti nada por "Ele". Mas, por uma questão de aceitação social eu ia “na onda” da minha família. Minha família praticou diversas religiões e acabou no espiritismo kardecista. E o Deus dos espíritas era um Deus fácil de acreditar. Os dogmas, também. Entretanto, chega um dia em que você começa a pensar e a questionar. Mais do que isso. Chega um tempo em que você começa a desconsiderar a noção de sagrado que protege os assuntos religiosos. Nesse momento, você começa a vê-lo como eles são: frágeis, inconsistentes e irracionais. O próximo passo é decidir o que vale mais para você: a razão ou a religião. Veja que eu disse religião ao invés de crenças. Crenças todos nós temos.

É necessário decidir se você consegue caminhar sem as muletas da religião ou se prefere fortalecer-se com as vitaminas proporcionadas pela razão. A religião sempre foi útil para manter a sociedade coesa, isso é sabido. Mas, uma sociedade, ou seja, pessoas que se deixam ser repreendidas por crenças religiosas vãs não são, a meu ver, exemplos a serem seguidos, ao contrário, merecem a nossa pena e o nosso pesar. Por isso, decidi que a razão é o que norteará a minha vida.

É claro que nessa sociedade plural devemos aprender a, no mínimo, tolerar. Compreender é melhor, mas, é mais difícil. Para compreender é necessário crescer e ver que por debaixo das crenças religiosas irracionais há um ser humano que tem medo. E o medo é o maior responsável pela perda da razão. Uma pessoa com medo não pensa direito, não é assim que falamos? Compreender essas pessoas e ajuda-las a saírem do obscurantismo é algo que pode ser cobrado daqueles que se acham superiores. Os mais fortes devem ajudar aos mais fracos. Isso é ser superior. É um trabalho hercúleo e que deve atacar, ao mesmo tempo, duas frentes. A primeira é combater os “falsos profetas”, os espertalhões, os vendedores de bênçãos e de milagres. São esses que fomentam e exploram o medo dos ignorantes. E não me levem mal por ter usado a palavra ignorante. Pensem nela como “aquele que ignora”. A outra frente é o fortalecimento da razão, o estímulo do pensamento racional, o incentivo ao pensar, justamente, nessas pessoas que “ignoram”. Que ignoram que há um mundo não regido por forças mágicas, mas, sim, por forças conhecidas e estudadas nas Academias de Ciências ao redor do mundo; que ignoram a inutilidade de darem dinheiro para salafrários e fanfarrões com o intuito de merecerem um agrado celestial ou, no mínimo, um agrado humano por parte dos seus pastores preferidos; que ignoram a ineficácia real das rezas e das orações que sempre serão a favor das religiões, pois, afinal, não há como vincular a uma entidade metafísica interferências no meio físico; enfim, que ignoram que a existência de um Deus nos moldes religiosos, por uma questão de contradições lógicas, é algo não apenas improvável, mas, sim, impossível. Devemos tirar dessas pessoas as vendas postas pelo condicionamento religioso que castra a capacidade inerente de cada ser humano que pensar. Devemos falar, sim. Devemos nos posicionar, sim. Demos ir às ruas e protestar, sim. Demos nos fazer notar, sim.

Estamos em guerra. Mas, não é uma guerra com armas de fogo. As armas dessa guerra são “o pensar” e “o falar”. É uma guerra na qual todas as idéias serão confrontadas, atacadas, debatidas. E somente aquelas que encontrarem respaldo na razão serão as que sairão vencedoras. Estamos, só, no começo. E parece que estamos indo bem. Parece que estamos incomodando muita gente. Isso é bom.
Anônimo disse…
Camarada concordo com cada palavra sua,e na minha opinião a igreja é culpada de forma direta e indireta pela precariedade dos homens, eles tem um comportamento doentio de rebaixar o homem para exaltar o suposto divino a igreja acaba sendo na verdade a grande inimiga da humanidade com suas doutrinas castradoras, o perfil que a igreja trouxe para a humanidade é totalmente negativo.
Anônimo disse…
Sangue de morto é frio e coagulado, ou sera que eles bebe de canudinho direto da veia ?
Anônimo disse…
Existe homens que falaram de deus e deuses. Mais não existe nenhum deus e deuses que falaram do homem. É sempre o homem falando e projetando seu próprio conhecimento e pretenções, é sempre o homem que da as respostas para aquilo que ele consegue cogitar e imaginar sobre os deuses ,a religião é uma grande emboscada para o homem eles deveriam sair delas o quanto antes possível.
Anônimo disse…
Puxa vida! Este post está melhor do que esperava: (até agora) sem trollagens, ofensas pessoais ou pregações, ao invés disso, uma discussão saudável e uma grande troca de conhecimento, que é o que todos queremos. Caro Will Papp, concordo com tudo que você disse, só queria acrescentar que nós ateus jamais podemos repetir a atitude dos cristãos de dominar o pensamento de seus seguidores, doutrinando suas vidas, devemos deixar que eles pensem por si mesmos e tenham autonomia, e a melhor maneira de se fazer isso, junto com o que você disse, é uma educação de qualidade. E o mais importante: não queremos um Estado ateu, e sim um Estado plenamente laico. Abraços! Ass: Winston Smith
Anônimo disse…
A igreja não vai mais conseguir sobreviver ao advento humano e aliás ela nem sobreviveria sem a doutrinação de crianças indefesas que já desde pequenas são doutrinadas a se tornarem escravas da igreja e da doutrina da morte e do medo. O homem não precisa de deuses para carregar uma suposta culpa porque na verdade não a culpa nenhuma a ser carregada, isto é doutrinação dogmas mentira ,isto mesmo mentira.
Anônimo disse…
É exatamente isto ,não tem como criar um estado ateu ,só que para os religiosos um estado ateu é um estado sem religião ,se for neste sentido então já temos um estado ateu porque o brasil é laico o que quer dizer sem religião. Mais para se ter um estado ateu totalitário como eles gostam de imaginar seria impossível ,mesmo porque para uma pessoa se tornar ateu só através dela mesma, e o que queremos é o respeito e a liberdade de pensamento e fazer as pessoas enxergar o quanto uma religião pode ser uma emboscada na vida delas uma mentira da qual ela não precisa se submeter, mais não é possível fazer isto com um fuzil apontado para cabeça de ninguém e nem matando pessoas. Pergunta para uma pessoa religiosa se ela é feliz ela vai dizer que não e muitas das vezes vai passar a vida inteira se rastejando perante este falso deus se sentindo culpada e inútil e pecadora e que seu sofrimento é só para um branqueamento de seus pecado ,eu na verdade sinto pena sinto dó dessas pessoas que entram num ciclo mental perigoso e não conseguem sair por não terem outras perspectivas
Anônimo disse…
Veja o quanto esta idéia é primitiva vem dos tempos que os homens acreditavam que era preciso sacrificar aos deuses para acalmar suas fúrias, homens estes que não sabia de nada e que quando eram tomados por situações desconhecidas logo para eles só podiam ser castigos dos deuses por estarem fazendo coisas erradas , talvez tempestades vulcões ativos terremotos relâmpagos eram vistos por eles como castigos dos deuses . E esta idéia primitiva veio para outras culturas mesmo porque eles ainda eram primitivos e encaravam as coisas desconhecidas que aconteciam a eles como castigo dos deuses, esta idéia de sacrifícia é muito mais antiga do que se pode imaginar e veja que esta idéia veio para o povo hebreu que criaram suas doutrinas se projetando numa divindade, mais na verdade eles apenas sacrificavam por ignorância e por ser uma cultura normal sacrificar aos deuses para este acalmar sua fúria e tirar seu castigo de sobre eles.
Anônimo disse…
Me engana que eu gosto.....?

a CRUZ já era usada como simbolo da VIDA ETERNA no Egito antes da Gibiblia sonhar em existir , a conhecida CRUZ DE ANK que muito lembra Jesus na cruz....

e o MEDO é o mais poderoso instrumento da RELIGIÃO pra :

. doutrinar
. escravizar
. manipular mentalmente
. tirar proveito e dinheiro dos fieis......

Igual as maes falam pros filhos : ohhhh nao faça bagunça senao o BIXO PAPÃO TE PEGA


o PASTOR diz :

ohhhh Respeite a deus pague o dizimo senao o CAPETA te pega....
Unknown disse…
Evidentemente que uma estado ateu seria algo horroroso. Deus nos livre de um estado ateu. Sobre o pensar das pessoas é obvio que não queremos que todas sejam robôs, ao contrário, elas já o são. O modo de pensar, de raciocinar através do uso da razão é importante para afastar o fantasma das crenças religiosas irracionais. Ter crenças é algo que todos nós temos. Mas, há diferenças entre as crenças: umas vêm pela razão e outras são contrárias a ela.
cão das lágrimas disse…
Ao mesmo tempo em que critico as religiões em sua sanha de dominação e controle, penso que o racionalismo, ainda que incomensuravelmente superior a qualquer pensamento 'mágico', por mais que tente, não conseguirá dar conta da complexidade total do ser humano. Em minha visão, é inegável que os iluministas foram e ainda são muito importantes, mas ao destituírem (admiravelmente) o poder dos religiosos, acabaram entregando-o aos cientistas os quais, lastimavelmente, acabaram transformando-se (grande parte) em cientificistas doutrinários, afeitos à concepção de apropriar-se e dominar a natureza, a fim de fazê-la um mero objeto utilitário para o ser humano. Evidente que a ciência, através da técnica, muito contribuiu para que este universo hostil em que vivemos se transformasse num local mais agradável e menos penoso, embora esta apropriação e transformação da natureza já nos esteja fazendo lidar com os 'ossos do ofício'; mas ela acabou entendendo o ser humano (a meu ver, equivocadamente) como um objeto passível de ser descrito, decomposto em partes mínimas, cujo comportamento poderia ser previsto e controlado. Esta visão pode ser a base do totalitarismo, da sociedade distópica brilhantemente exposta por G.Orwell em "1984". Além disso, existe um grande problema, pelo menos em minha área de atuação: pensamentos não podem ser previstos e controlados, tampouco decompostos em partes mínimas. Sabemos, através de artefatos imagéticos, que um determinado pensamento, ou emoção, relaciona-se a alguma parte do encéfalo. Por exemplo: sabemos que a raiva está relacionada ao sistema límbico, mas qual pensamento causou esta raiva? Não podemos saber com exatidão. O mundo subjetivo não pode ser estudado da mesma forma que o mundo objetivo. São realidades distintas.

O ser humano não se encontra no mundo da mesma forma que uma cadeira, ou do que um cachorro, por exemplo. Os objetos e os animais são seres determinados pela biologia, física e química. Nós transcendemos estes aspectos, embora também façamos parte e sejamos constituídos por eles. E isto não significa dizer que temos um “espírito”, ou que o ideal de vida seja um modo religioso de ser. Esta transcendência significa que nós, diversamente dos objetos e dos outros animais, somos livres para, através das nossas escolhas, erigirmos o nosso próprio modo de estar no mundo. Para colocar um sentido em nossas vidas, e no próprio mundo, porque nem as nossas vidas e nem o mundo, possuem um sentido dado a priori.

No mais, não existe criador e, mesmo se existisse, não faria a menor diferença. Igualmente, inexiste “natureza humana” (existe condição humana), “instinto materno”, nada disso. De princípio, apenas existimos, e não somos nada. Somente através das nossas ações, que nos tornamos aquilo que somos. Somos aquilo que fazemos de nós mesmos. A liberdade – a possibilidade de escolha - é total (dentro de um contexto situacional) e a responsabilidade, idem.

Mas tudo isso é apenas o meu entendimento.
Um viés existencial.

Perdão pelo uso talvez excessivo do espaço, e por sair do assunto da postagem

P.S: Este 'board' é ótimo!

Um abraço
Anônimo disse…
Parabens, perfeita comparação.
Anônimo disse…
Todo vicio começa na infancia.
Devemos proteger nossas crianças a todo custo das doutrinações mais vis que nossa sociedade oferece.
Incluindo ai a religião.
Quando a criança conseguir atingir a capacidade de dicernimento, ela podera escolher o caminho a seguir.
Religião deveria ser proibida pra menores de 18 anos, assim como a bebida etc.......
Anônimo disse…
''(...)Esta visão pode ser a base do totalitarismo, da sociedade distópica brilhantemente exposta por G. Orwell em '1984'(...) Eu que o diga, Cão das Lágrimas [rssss]. Agora, falando sério, realmente a ciência ainda não descobriu tudo sobre a condição humana, como você prefere definir, com embasamento, com certeza. Ainda bem que a ciência não sabe tudo, pois é de descobertas que a ciência vive e continuará vivendo. A ciência nunca se dá por satisfeita, e é ela, como você mesmo disse, que tornou este mundo muito melhor pra se viver, ao contrário das religiões. Só espero que suas suspeitas de totalitarismo estejam erradas, pois seria uma tragédia. Ass: Winston Smith
Nika Pinika disse…
A teologia católica do cristianismo muito bem tratada nesse texto me fez lembrar de um evento de minha vida:
Quando eu tinha 8 anos, ingressei do catecismo. Minha catequista era uma senhora rígida, lá pelo seus 70 anos.
Em uma das aulas, o assunto foi Abel e Caim. Ela contou sobre a inveja de Caim, morte de Abel, Caim indo embora etc.
Numa das partes do livro que usávamos havia um desenho de Caim voltando com sua família (não usávamos bíblia, mas sim um livro todo ilustrado e com quadrinhos, muita coisa para colorir etc). Eu achei estranha aquela imagem, visto que já tinha aprendido que a população na terra começara num local em que Adão e Eva se estabeleceram, onde Caim estava.
Então, eu perguntei à catequista como Caim achou a esposa dele em outro lugar, já que ele tinha ido embora do lugar onde a população estava começando.
A catequista me disse, entre os dentes: "depois tratamos dessa questão". E continuou a aula.
Ao final, quando todos já estavam indo embora, ela me puxou para um canto da sala pelo braço e falou baixo e muito sério: "deus não gosta das crianças que questionam sua obra. São essas que ele manda direto pro inferno".
Bom, como eu, naquela época, acreditava naquilo (ou achava que acreditava, não sei), me desesperei. Passei um bom tempo rezando todas as noites a mesma coisa: deus,desculpa, eu não fiz por mal, só queria entender. não me manda pro inferno!
Depois eu fui largando de mão e isso foi parecendo cada vez mais ridículo.
Anônimo disse…
Warner eu sou desta frente também acho que doutrinação só depois dos 18 anos . Uma criança e um adolescente não esta preparado para esta doutrinação. Dizer que isto é necessário e querer nos reduzir ao ridículo dos achismos deles.
Nossa, que tenso Nika.
Anônimo disse…
Imagina então se ela fosse testemunha de jeova kakakaka
Anônimo disse…
comeÇei...

O que tem a ver Deus com o sacristão que vendeu a vela?
www.verdadesbiblicas.com.br disse…
Jeová não é o Pai.Jeová se manifestou em trevas no monte Sinai (Dt. 4:11-12; 5:22-24). Jesus se manifestou em luz sobre um monte (Mt. 17:1-2). Quem se achegasse a Jesus se achegava à luz e não às trevas (Jo. 8:12; 12:46). E João afirma que no Pai não há trevas nenhumas (I Jo. 1:5). É claro que tanto Jesus como João estavam revelando que Jeová é o anjo das trevas, ou a potestade das trevas de Cl. 1:12, 13.
Anônimo disse…
Querido, de nada adianta ficar regurgitando e fazendo malabarismos linguisticos e intelectuais em cima de um livro velho. Você pode interpretar o que quiser, chegar a conclusão que for, mas tudo isso é baseado na premissa de que esse livro BIZARRO é a "palavra de deus". Ou seja, puro exercicio de futilidade.
Nomad disse…
Meu ateísmo começou cedo. Apesar de fazer parte da igreja (já até frequentei grupo de jovens) nunca realmente consegui acreditar em toda essa história cristã. Para mim simplesmente não fazia sentido (e não faz até hj). Me lembro que quando criança eu "pulava" algumas partes do credo. rs

Por um tempo comecei a estudar outras religiões fora do cristianismo (judaísmo, budismo, alguma coisa sobre protestantismo e também as velhas religiões, como a grega e a nórdica) e cada vez mais me espantava como as pessoas acreditavam naquilo. E como deixavam de acreditar tb. Dessa época me lembro de uma frase muito marcante: "A diferença entre religião e mitologia é o tempo".

Depois dessa época de estudo fiquei tranquilo para falar que sou ateu. Não vi prova alguma, na verdade nem indícios, da existência de algo superior e a aposta de pascal simplesmente não serve para mim.

Eu devia ter uns 20 anos nessa época. Que abracei de vez o ceticismo.

[]´s

LHDias
Analista Man disse…
O livro não é a palavra de Deus, o livro contém a palavra de Deus, pois alguém diz o que Deus disse. O que Deus disse está sob análise. O que os não-deuses disseram também está sob análise.
Analista Man disse…
Observe que os malabarismos estão indo contra Jeová e não a favor.
José Agustoni disse…
Uma visão mais ampla de todo esse conjunto de histórias bíblicas nos dá a certeza de que tudo não passa de rituais primitivos que aos poucos foram sendo lapidados e formatados conforme a civilização evoluía. Feitos impressionantes, sacrifícios, histórias macabras, medo, ameaças, etc., tudo para impressionar pessoas rudes e incultas.
betoquintas disse…
eu não gosto dessa generalização em dizer "todas as religiões" e encaixar qualquer coisa.
reducionismo ateu intrigante. por que sempre supõem que características do cristianismo sejam válidos para as religiões em geral?
as religiões antigas, outras religiões orientais e o paganismo moderno não se encaixam nessa visão preconceituosa.
Anônimo disse…
O malabarismo é a favor de quem o faz. Não está sob questão a existencia ou não de um deus, e sim a facilidade com que o pensamento lunático enxerga as premissas básicas de uma crença vaporosa.
Anônimo disse…
:Grammar Nazi Detected:
Anônimo disse…
"A diferença entre religião e mitologia é o tempo".
Gostei muito dessa frase, quem é o autor?
Lukretia Borgia disse…
Longe de mim defender o cristianismo, eu pesquisei muita coisa pra poder compreender essa estranha necessidade de dor, sofrimento, e sobretudo culpa da religião judaica-cristã. Tudo que encontrei foi justificativa teológica, mística, até literária, pra ocultar algo que é muito difícil pra um judeu ou um cristão admitir: Deus é cruel, mata, exige derramamento de sangue(no caso, o do homicida), apedrejamento, e isso quando não fulmina com raios seus blasfemadores. Porém, eu não estudei só o cristianismo, e descobri, estarrecida, que DOR E SOFRIMENTO, ALÉM DE CULPA, NÃO SÃO PRIVILÉGIOS JUDAICO-CRISTÃOS. Esse romantismo de nova-era, que atribui todos os males, -a própria invenção da culpa!- à religião e moral judaico-cristã é falacioso, carregado de muita empáfia. Todas as religiões, sem exceção, fundam-se na culpa, e na expiação desta por alguma forma de sofrimento. Querer dizer que os pagãos, os orientais ou religiões antigas não praticavam sadicamente tortura, morticínio e outras formas álgicas de sacrifício, é balela. O que é paganismo moderno? Uma religião de supermercado, como já demonstrou o nosso historiador aqui do blog, em artigo onde se refere ao self-made religioso...Uma das surpreendentes verdades que encontrei na minha pesquisa sobre sangue e fundamentalismo, é originária justamente de um povo que se tributa a gênese do racionalismo filosófico, no caso, o grego. No pensamento arcaico da Hélade, determinado pensador chegou à conclusão que TODOS OS SERES DEVEM MORRER, PARA EXPIAREM A CULPA DE EXISTIR!Não estou muito bem lembrada, mas a profa. Concí deve me corrigir se eu errar, foi Anaximandro, creio, quem considerou a existência uma "injustiça, que deve ser reparada". Também tive formação religiosa católica, meu pai era comendador da Santa Sé, tinhamos aqueles maravilhosos e solenes quadros com as fotos dos Sumos Pontífices na sala de estar da casa de nossos avós; e "bênçãos indulgenciais"(obviamente compradas, quando das visitas à Roma)pelas quais, eu, por exemplo, na hora de minha morte, se me arrepender de todos os meus pecados, e mesmo sem poder falar, (sic) "ao menos de coraçao contrito invocar o nome santíssimo de Jesus, serei salva". Pelo visto, à culpa inventada, sucedeu o não menos perdão comprado; hoje muito bem vendido e com um estelionato incomparável, praticado diuturnamente nas televisões pelos nossos "irmãos" pentecostais e católicos carismáticos. É um tal de boleto pra cá, boleto pra lá...Eu por mim, mais elitista, preferia aqueles diplomas pontifícios de fino lavor, primorosos, carimbados e assinados pelos chanceleres papais.
Anônimo disse…
A culpa inventada pela ICAR, o pecado original, foi feita, justamente, para controlar seu rebanho, pois pessoas que sentem culpa se tornam submissas e manipuláveis.
Ou seja, essa estória de culpa é um perfeito negócio para os pontífices das Igrejas Cistãs.
Nomad disse…
Baphomet, realmente não sei de quem é a frase. E tem tanto tempo que a escutei que não sei quem a usou primeiramente.

[]´s

LHDias
Analista Man disse…
Então o malabarismo está a favor de www.verdadesbiblicas.com.br e contra Jeová.
Mello disse…
Parabens pelo texto.
betoquintas disse…
lucretia, eu devo discordar. a função e existência da dor e do sofrimento são naturais, nem mesmo seu racioonalismo cientificista não irá aliviá-lo. a dor e sofrimento, como manifestações naturais, exercem uma função totalmente diferente no paganismo, clássico ou moderno. quanto ao "historiador" do blog, certamente sua opinião não é nada imparcial e objetiva, o paganismo moderno não tem qualquer vinculo com livros de auto-ajuda ou produtos mercadológicos, mas há uma sincera busca pelas raízes e identidade, com bases históricas. frases são como pintura ou escultura, julgue o mérito da mensagem, não a arte ou o artista. se uma frase infeliz torna toda uma escola de pensamento hediondo, como ficam os ateus diante de frases misóginas ditas por eminentes pesquisadores, cientistas e ateus?
Jaqueline disse…
O medo mantém os fiéis no cabresto... arranque o inferno da bíblia e não haverá mais seguidores dos ensinamentos bíblicos...

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