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A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico



por Eliane Brum
para Época

Ateus temem que
 pentecostais empunhem
 alho para exorcizá-los
O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz.

Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”.

Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada…”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.

- Você é evangélico? – ela perguntou.
- Sou! – ele respondeu, animado.
- De que igreja?
- Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto…

O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)

Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:

- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.

A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.

Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.

Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.

É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.

Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.

Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.

Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.

Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.

Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.

Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.



Baleiro critica os crentes que invadem blogs 'como praga'

Comentários

Jacinto Pena disse…
Palavreado da ateísta revoltadinha Eliane Brum:

"constituídas no modo capitalista", "mercado da fé", "vulgaridade das relações capitalistas"...

Coitada, é mais uma criaturinha esquerdopata recém-criada nas faculdades de lavagem cerebral, ops, faculdades de "jornalismo".
Partita disse…
Mais um crente irritado pela possibilidade de liberdade de expressão, respeito ao próximo e laicidade do estado pedindo para ser ignorado.

Hoje é o dia do contra, por acaso? Deve ser. Minha vez então: faculdade = lavagem cerebral, enquanto igreja é o oposto disso.
Jacinto Pena disse…
Quem tá irritado com a possibilidade de liberdade de expressão são ateístas, gayzistas, jornalistas comunistas e similares que não suportam ver um taxista ou um pastor opinando, e que acham que isso é uma 'ameaça', uma verdadeira afronta ao Estado laico ateu (onde cristãos não podem abrir o bico).
SATANÁS disse…
JÁ SINTO PENA DE VOCÊ, crentezinho retardado!!! vá procurar sua turma, imbecil!!! intolerante. fascista. enrustido.
Angelo Costa disse…
Ótimo texto; brilhantes analogias, como a do capitalismo x neopentecostes.
Não dúvido muito que Silas Malafaia tenha ficado furioso com esta reportagem porque ele mesmo, mesmo em sua cólera intolerante insuportável de sempre, deve ter achado o texto muito bom, por sinal (risos).
P.S.: Para as pessoas inteligentes, aconselho a desconsiderar os três primeiros comentários, supracitados. Ridiculamente falaciosos e mal informados (Estado laico ateu (onde cristãos não podem abrir o bico[por Jacinto Pena, 27/11/11]). Aliás, Jacinto Pena é dessa ignorãncia toda, que vem se alastrando pelo nosso país.
Anônimo disse…
Sra. Eliane Brun

li seu texto, e não vi, nenhum ataque ao SR. Malafaia.
a Sra. apenas fala de duas denominações, mesmo assim, com respeito.
Quando a sra afirma que localizou naquela que se instrui a intolerãncia.
fui verificar e realimente esta lá veja o que copiei e colei:

Famílias têm sido dizimadas porque os cabeças (pai e mãe) têm sido tolerantes. Precisamos romper com a tolerância, ou seja, deixar de ser “frouxos” e assumir nossa posição.

se a sra. der uma olhada, vera o poste que fiz: que fé é esta, só que esta incompleta pq não cabiam mais que 4mil letras.
mas tá lá, que fé é esta que faz com que um pai discrimine seu filho....

Sugiro que a Sra. não deixe barato esta história, afinal é muito grave e estes srsr. que se intitulam portadores da palavra de Deus, digam a todo momento absurdos, commo este e ofendam as pessoas. Este lhe chamando de Vagaba e o otro, jogando uma praga no Ratinho "de repente voce pega um cancer"

Procure um bom advogado, faça um BO, e taque um baita processo por danos morais, exigindo a retratação deste sr. e morais, pq só doendo no bolso eles aprendem a respeitar os outros.
Nossos políticos estão, dormindo, pq tem interesse na bancada evangélica. mas esta, esta crescendo e uma hora vai ficar muito preocupante seu poder.
nós ja vimos pelo mundo o que ocorre, quando um pais, é dominado por uma religião.
Pessoas se dizendo iluminadas, instruidas, ungidas por Deus, ja mataram milhares de pessoas pelo mundo.
Cade nosso ministéiro público, que não faz nada contra esta invasão das tvs e rádios por esta pregação, religiosa, seguida de solicitação de dinheiro.
e esta lavagem de cérebro destes incáutos.
Faça o processo, e faça matérias falando sobre isto.
saudações
wrl
Anônimo disse…
Texto ridículo e falacioso da Sra. Eliane Brum, tentando passar a idéia de que há uma perigosa "ameaça" evangélica (ou cristã em geral) pairando sobre nossas cabeças.

Bem, vindo da revista Época (aquela que descaradamente distorce as palavras do Silas Malafaia para ajudar o chefão gay Toni Reis a atacá-lo) não é nada surpreendente.
Estudante Bíblico disse…
Se o trânsito está intransitável, isto tem haver com a ordem que Deus deu para crescer e multiplicar. A população se multiplicou tanto, que o trânsito ficou intransitável. Agora se Deus não existe, então por que existe tanta gente no planeta? Ou por que o planeta existe?
ameaça cristã disse…
Coisa muito grave o que a Eliane Brum sofreu:

Um taxista se admirou dela ser atéia e a convidou a visitar uma igreja!!

Que crueldade! É o fim do mundo! Uma enorme violência contra os ateus!

Onde esse mundo vai parar se continuarmos deixando crentes perigosíssimos como esse taxista abrir a boca???
Anônimo disse…
Nós ateus sofremos uma perseguição imposta pelos evangélicos e outras religiões de modo geral, como no passado a igreja católico fez com a inquisição. Como é de se esperar, num futuro teremos de que nos esconder em porões e em encontros as escondidas para algum tipo de estudo mais aprofundado da não existencia de deus ou de textos um pouco mais capciosos para o censo comum da grande maioria das pessoas.
Ótimo texto, infelizmente pessoas seguem suas vidas regidas pelas "tendências de mercado" e se vendem para o mercado religioso e do censo comum.
Anônimo disse…
Achei o texto muito interessante e com ótimas analogias em seu decorrer. Mesmo sendo católica, é possível perceber que muitas igrejas (não só as evangélicas) utilizam-se do capitalismo para manter seus fiéis próximos a ela e, com isso, ostentem todo o luxo que mantém há muito tempo.

O bom de ser católica "não preticante" (de vez em quando eu vou à missa) é que isso pode ser muito bem analisado do lado de fora, pois fora de muitas da influências, é possível ver que mesmo pregando a bondade, tolerância e afins realiza guerras que perduraram por muitos anos e pregam valores que discriminam muita gente. Além disso, a "falta de tolerância" por parte, principalmente, de evangélicos.

Acho completamente errado pensar que se uma pessoa é ateia ela é necessariamente "servo de Satã" ou seja lá o que for. Ou também, se a pessoa é homossexual, a favor do aborto ou contra leis que contrariam a igreja sejam demoníacas.

Somos preconceituosos "por natureza" e tais preconceitos são dificílimos de serem tirados. Portanto, exageros de ambos os lados são errados.

Enfim, todos nós buscamos ser bondosos e pessoas melhores, o que nos move é a fé ou a não-fé. A questão é: devemos respeitar a escolha do nosso próximo, afinal, á a diversidade que permite que o ser humano possa evoluir.
Anônimo disse…
As igrejas evangélicas precisam de dinheiro, muito dinheiro, todos os que não contribuem são chamados de vagabundos, para onde vai tanto dinheiro?????
Anônimo disse…
Me chamo Giovani, e tive a oportunidade de ser agraciado por Deus com o dom da fé. Sim, a fé é um dom dado por Deus. Acredito nisso desde criancinha quando eu já jogava futebol no pátio da comunidade Luterana, a qual eu faço parte. Fui batizado na IECLB aos 2 meses de idade e nesta comunidade permaneço já há 23 anos. No início incentivado por meus pais. Hoje, por minha própria vontade e convicção. Como cristão tenho a oportunidade de levar a palavra de Deus as pessoas, inclusive aos descrentes. Todavia, como cristão também tenho o dever de respeitar a vontade das pessoas e aceitar que elas tenham a liberdade de escolha. Não me considero melhor que um ateu. E acredito ser inaceitável que muitos religiosos utilizam Deus como desculpa para seu preconceito. A ignorância é a fonte disso tudo e não Deus. Deus é acima de tudo amor. O que os levam a crer que podem utilizar a religião como pretesto para seu preconceito? Como eles podem fundamentar toda a discriminação em nome de Deus? Que cristãos são esses que semeiam discórdia ao invés do amor? Enquanto muitos discutem o que é certo e o que é errado, eu fico no meu canto orando. Clamando a Deus, para que Ele dê aos outros, ateus e religiosos desvirtuados, a oportunidade de desfrutar de Seu amor, e que a intolerância dê lugar ao amor. Porque o amor sim vem de Deus, e pe isso que devemos pregar em nossas igrejas.
Anônimo disse…
Só tenho a dizer que:
Todo mundo caga, mija, come, dorme... enfim a vidinha cotidiana...
mais quando morrermos vamos feder!
O ser humano não vale nada, se valesse alguma coisa os nossos proprios bixos que temos por dentro não nos comeria.
a gente vai pra debaixo da terra ser comidos por germes...
fala serio quanta preocupação com quem tá certo ou tá errado.
a sua religião é melhor que a minha, a sua paga dizimos, ou há eu não creio...
putss casar o que fazer é bom !!!
Danielle disse…
É simples a lógica de que os evengélicos atacam as outras crenças (e a ausência delas) justamente porque eles não estão participando de seu mercado religioso. Os evangélicos querem mais fiéis para terem mais dinheiro, isso é simples. Logo, quem pensa diferente é uma ameaça pois não está sustentando sua teia comercial. Pequenas igrejas são um grande negócio. É muito fácil fazer dinheiro hoje sendo pastor.

Se deus existe ou não, o problema é dele!
Sou evangélico, e só tenho a lamentar por atitudes de desrespeito vindas de quem deveria semear a paz. Lamento apenas que esta jornalista não se importe muito em diferenciar as diversas ramificações das ditas igrejas cristãs evangélicas. Por vezes ela menciona os "neopentecostais", mas em seguida volta a generalizar, se referindo aos "pastores" e ao "mercado evangélico" como se não houvesse diferenças grotescas (e históricas) entre eles. O próprio título do post traduz "um brasil cada vez mais evangélico" em tom de ameaça, como se todos que se dizem evangélicos realmente seguissem os ensinamentos de Cristo. Esta é também uma forma de diminuição dos que tem fé e não compartilham com o real mercado religioso (que existe sim, e lamentavelmente encabeçado por líderes ignorantes na Palavra de Deus, e fiéis sedentos por enriquecer e curar para sempre sua dor de cabeça). No mais, Deus cumpre sua promessa de paz, felicidade e sentido de existência, mesmo para o esquimó que pensa ter todo o gelo de que necessita.
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Deus dá toda liberdade de não acreditar Nele.
Anônimo disse…
Parabéns pelo excelente texto. Tanta polêmica porque?
Medo de alguns ditos pastores não poderem encher seus " potinhos de ouro "?
Só faltam dizer que a jornalista precisa de exorcismo.
Mentes brilhantes....
Anônimo disse…
'Deus dá toda liberdade de não acreditar Nele.'

Errado caro amigo anônimo. Marcos 16:16 - ''Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.''

De acordo com a tal da palavra de Deus, nao acreditar nele significa ir pro inferno. Mas que cara gente fina esse Deus, nao?
Anônimo disse…
A velha confusão de misturar fé com religião.
Não vi nenhuma ofensa para com as igrejas tampouco com a jornalista.
Anônimo disse…
eu não vi ofensa a nunhuma religião, mas vi à jornalista, chamala de vagaba, é uma baita ofensa.

querem ver uma coisa interessante...

junte um monte de católicos e ponha um "crente" no meio. não acontece nada, ninguem fica tentando fazer a cabeça o do cidadão, ou dizendo que "voce precisa nascer de novo"
Junte um monte de espiritas, e ponha um "crente" no meio, ninguem abre a boca, podem falar entre sí, mas para por ai, ninguem fica tentando converter o cara ou contando cáusos, como eu já vi(meu sogro contando que o cara éra o maior fdp do mundo, bebia, batia na mulher, tinha um monte de amantes, era um safado. bem, na hora da morte, alguem estava perto, e perguntou ao cidadão: Voce aceita Jesus, o cara balbuciando, disse, aceito.
e meu sogro, no meio daquele monte de "crentes", este tá salvo. kkkkkk, ou seja o cara era o maior mala,e no ultimo suspiro, falou qualquer coisa, e já tá garantido no Ceu.
eu, coitadinho, que estou casado com a filha dele a mais de 30 anos, nunca tive um caso extra, sempre tentei ser correto, etc. tô ferrado, kkkk, bem continuando..
agora entre voce, ateu ou espirita ou católico ou o que for, e fique no meio de um monte deles, e veja se voce aguenta o tamanho da mala que voce vai pegar.

eu acredito que pessoas que agem assim, tem tanta insegurança da sua escolha, que tem que ficar martelando o tempo todo, se não....

o duro é isto, voce não pergunta,
voce não abre o assunto,
voce não abre a boca e os caras grudam commo chiclete em voce.

voce tem que nascer de novo. acho que os caras tem vontade de nos matar, pois para nascer de novo, só morrendo. kkkk
desculpem a sátira, mas a história do sogro é verdade, kkkk.
gente, deixem-nos, em paz. vão pregar la na obra, e pregar prego.
Rafhaelbass disse…
Algumas (talvez muitas) vezes "coisas" parecidas ocorrem comigo, recentemente me mudei para uma nova empresa, que por sinal possui muitos evangélicos. Quando descobriram que eu sou ateu, ficaram estupefados com a notícia, sem ao menos me conhecer, claro.

Existem vários meios de se lidar com isso, eu costumo deixar o tempo mostrar para as pessoas que eu não sou um ser "do mal", apenas não acredito em mitos. Resumindo um pouco, logo após um mês (sim, teve um tempo para eles se acostumarem) todos de lá me tratavam com respeito, assim como eu os tratei todo o tempo.

Quando as pessoas aprenderem que o importante não é no que você acredita (ou deixa de acreditar) ser o menos importante, aonde o caráter e suas atitudes hoje formassem seu perfil, as coisas realmente melhorariam.

Criticar uma empresa não é criticar os funcionários que nela trabalham, assim como criticar uma religião não é criticar aqueles que ela seguem (não estou comparando as duas, apenas fazendo uma analogia).

Achei o texto muito bom, com muita coisa que eu concordo e habita meus pensamentos há tempos.
Afrodite de Milo disse…
A Ameaça Existe E é Real! (contra as pessoas que não são "cristãs")

A bancada evangélica cresce cada vez mais e quase ninguém está prestando atenção nisso... Não se mistura política com religião que dá M. a história já comprovou! Eu mesma já fui quase agredida fisicamente(sofri agressão verbal) devido as roupas que eu uso (meio indiano, meio cigano) por um evangélico que acreditava que eu era espírita (imagina se ele soubesse que sou adepta da bruxaria, teria me queimado viva) em um ponto de ônibus (tive a sorte do ônibus chegar na hora em que o cara levantou a para me bater), amigos meus que são umbandistas já sofreram ataques também! O que isso quer dizer?

Claro que não são todos os evangélicos que entram nessa onda (tenho um amigo que é pastor da Igreja Batista e não incentiva a intolerância religiosa), mas eu posso dizer que a maioria dos pastores andam incentivando tais práticas Sim! Se não ficarmos atentos a este fenômeno, correremos o sério risco de enfrentarmos dias tenebrosos no nosso país (será uma volta à idade média?) Reflitam enquanto é tempo!
I know it by ultra-homophobic Malafaia's culture war disse…
E se não abrirmos o olho isso aqui vira Irã rapidinho.
Dyone Elias disse…
É chocante a reação das pessoas quando são confrontadas a cerca de sua fé, fui evangélico por anos e muitas vezes tive intolerancia com desconhecidos e até familiares achando que estava fazendo bem a eles, ou por medo de Deus sei lá... o fato é que cada vez mais o Brasil se torna intolerante, ninguém é obrigado a concordar com absolutamente nada, porém é direito constitucional a liberdade de expressão. Essa matéria me chamou muito a atenção porque já estive dos dois lados, como evangélico e como ateu, hoje entendo e respeito a fé alhei porém vejo a intolerância estampada no rosto dessas pessoas, quando se discorda de sua fé, é evidente a expressão de reprovação que elas transmitem e a necessidade de mostrar o quanto estão certas. Não gosto de generalizar, existem evangélicos que são educados e pensam antes de falar, porém há uma parcela deles que se acham superiores a tudo, a ponto de julgar e condenar quem não é. Fico boquiaberto ao andar pelos grandes centros e no comércio em geral, os lojistas estão apostando fundo no público evangélico e agora as músicas e propagandas de lojas e serviços abusam dos hinos cristãos, como se quisessem a todo custo enfiar guela a baixo essa nova proposta de fé, que basicamente prega a lei da "intolerância cultural, ideológica e afetiva". Homossexuais, ateus, negros e brancos, somos todos seres humanos dignos de todo respeito e consideração, e essa demagogia evangélica levará o Brasil a uma guerra de cunho religioso. É triste ver que o Brasil está se tornando evangélico, porque ser evangélico nada mais é do que ser intolerante...
Mauricio disse…
Excelente artigo e parabéns à Eliane, pois ser chamada de "vagabunda" pelo Malafaia é grande elogio. Há de chegar o dia que discutiremos o preceito constitucional da liberdade religiosa. Será que isto funciona bem com um povo, como o nosso, carente de conhecimento e discernimento? Não creio, acho que só beneficia à estes aproveitadores, tipo Malafaia, semeando ignorância mundo afora e enriquecendo à custa dos incautos.
Anônimo disse…
Vou dar uma receitinha para provar que deus existe. Infalível. Corte fora o dedo indicador do seu pastor (aquele dedo que tá sempre levantado apontando pra cara dos outros). Corte fora esse dedo e queime ele no fogo de modo que jamais possa ser reimplantado cirurgicamente. Destrua o dedo. Então convoque toda a congregação para orar e pedir a deus pelo dedo do pastor que é um homem abençoado e precisa daquele dedo. Se o dedo nascer de novo será a prova que deus existe.
Anônimo disse…
O taxista não deveria ter falado como falou...Enfim, Evangélico acha que só eles são do bem, mas isso é outra história...Sou católico e venho aqui para comentar um erro no texto...Não existe católico não praticante, ou ele é católico ou não é...Abraço a todos e só mais um coisa...Ateus, vocês não precisam convencer ninguem que vcs são ateus...Sejam e pronto, a pessoa que desrespeitar vocês com isso não estará sendo cristão, pois Deus deu o livre arbítrio, pois a salvação é individual...
André Govêa disse…
Brilhante o texto. Sou Cristão e não discordo de suas palavras. O problema é que a febre evangélica é tão grande que a "vontade e/ou opinião" dos líderes religiosos misturou-se com a vontade divina, criando milhares de igrejas diferentes e tendo alguns casos até bizarros, ensinando atitudes como esta do taxista. Ele não estava errado em lhe convidar a ir a igreja, mas errou na falta de tolerância e respeito ao próximo.

A única coisa que repudio e não tenho a menor tolerância é o preconceito, sobre qualquer coisa: religião, opção sexual, raça, etc. Devemos juntar nossas forças, na mídia digital por exemplo, para ensinar o respeito ao próximo e não criticar, ofender ou criar debates se Deus existe ou não.
Cada ser humano nasceu livre para fazer suas escolhas, mas infelizmente a maioria não nasceu com a capacidade de compreendê-las, tanto evangélicos como ateus, espíritas, católicos, etc.
Mariangela disse…
gosto muito deste blog! sempre encontro leituras interessantes e reflexivas! primeiro gostaria de deixar claro que acredito em Deus, mas abomino as religiões! eu não tenho religião, pelo menos não uma como essas que a maioria conhece: minha religião sou eu, o amor e a fé em Deus. por não ter religião também passo muito por isso: convites pra igreja, incredulidade que uma pessoa como eu (!) não tenha religião etc. o que me faz diferente deste jornalista é que eu creio em Deus, deve ser por isso que não fiquei tão chocada quanto ela, quando o taxista a chama para a igreja! oras, o fato de ele convidá-la, faz parte do que ele é, da religião que ele segue. se ele freqüentasse uma igreja e não fizesse o que nela pregam, daí sim, o chamaria de hipócrita! mas não, ele freqüenta um igreja e o que ele apreende la, procura compartilhar! não estou dizendo que o que a igreja diz é certo ou errado (se eu achasse isso de alguma igreja, eu teria religião, não é??)! mas entendo a ansiedade do taxista em querer a jornalista convertida! disso tudo, o que mais quero acrescentar é que a fé é isso, ela não tem explicação! ou tem-se fé ou não! argumentos racionais não vão mudar um crente!!! só entende o que é fé quem tem isso dentro de si! a fé modifica as pessoas sim, algumas ficam intolerantes, é um efeito colateral, outras ficam mais bondosas e mais aberta as mudanças.
Anônimo disse…
"Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele."

O Livre Arbítrio serve exatamente pra isso, não obrigar quem não quer crêr a crêr em Deus. Pode ficar tranquila, Deus não quer gente com medo de inferno nem que não creia nele. Deus quer gente que o ama. Intolerância religiosa é um câncer na sociedade. Pode ficar tranquila também quanto ao ser ateia. A Bíblia diz que haverá um tempo em que, o Cristianismo será proibido de vez e os Cristãos serão perseguidos e mortos!
Anônimo disse…
Perfeito!!!
Anônimo disse…
Exato!
Anônimo disse…
Errado! Ser Cristão não quer dizer ser diferente dos outros! Se cortar meu dedo, ficarei sem dedo e pronto! Ser Cristão é crêr em Cristo! Ser budista é crêr em buda! Ser Espírita é crêr em espíritos e etc... Cortar o dedo é ser burro mesmo! Eclesiastes 9
Anônimo disse…
Eu sou Cristão e meu amigo de anos é satanista. Em suas músicas, ele fala em matar Cristãos e matar Jesus. Mas ele me respeita muito e o respeito também. Esse é o princípio da convivência, respeito!
Anônimo disse…
O Jacinto foi infeliz em seu comentário, concordo nisso. Mas tudo tá ficando padronizado Partita. O mundo cria cientistas que acham que devem ser ateus para se afirmar. A mídia cria jornalistas robôs para simplesmente dizer sim para suas idéias errôneas e as igrejas criam crentes tapados somente para dizerem amém e pagar o dízimo. Jesus está fora de moda. A onda da vez é a religião! Respeito é a base da convivência!
Crisão disse…
JÁ SINTO PENA DE VOCÊ, crentezinho retardado!!! vá procurar sua turma, imbecil!!! intolerante. fascista. enrustido.

Quem é intolerante mesmo? Respeito é a base da convivência!
Anônimo disse…
Deus existe a religiao o transformou em um demonio mais capeta que o proprio diabo...os ateus tem raiva da religiao e crendices e nao de Deus http://verdadereoculta.blogspot.com.br/
Anônimo disse…
Quando os evangélicos eram minoria no Brasil nenhum ateu se incomodava com o que os evangélicos falavam ou deixavam de falar, agora que o protestantismo está crescendo vem uma repórter fazer de uma conversa informal (na qual ela mesmo fez questão de continuar o assunto), se fazer de coitada, será que isso é realmente ateísmo ou um nazismo disfarçado? será que se o ateísmo estivesse em expansão no Brasil matérias como esta seriam mais tolerantes aos protestantes? continuariam como está hoje com alguns ateus chamando crentes de retardados e imbecil? ou incitariam a uma perseguição contra crentes e pastores usando o dizimo como principal pretexto para o extermínio de protestantes? veja bem, se essa mulher se formou jornalista em partes ela deve isso a reforma protestante.
Unknown disse…
Deus como princípio, eterno e infinito... a religião como equívoco da interpretação platônica da imortalidade da alma e de Deus como demiurgo, se arrasta pelos tempos como utilidade disfarçada de necessidade, a fé como paixão não detém verdade, a representação de deus na terra é uma desculpa canalha pra legitimar a tirania desses pastores, sério, tenho náuseas desses caras... mas não vou deixar que a única fé que tenho, que é a única a qual eu acredito, a consolidação do espírito da humanidade, evapore de mim, como a paciência que me mantém resignado quanto todo esse circo de horrores.
Anônimo disse…
Realmente nunca vi um milagre da reconstituição de dedo, braço, perna, mas vi a ciência construir uma perna mecânica muito boa.
Anônimo disse…
Livre Arbítrio é uma saída pela tangente quando não se tem uma resposta aceitável. "Salva as aparências".

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