Pular para o conteúdo principal

Irlanda quer que Vaticano explique orientação para acobertar pedofilia



O governo da Irlanda convocou nesta quinta-feira (14) o embaixador do Vaticano no país para dar explicações sobre um relatório que indica que a Igreja Católica aconselhou os bispos irlandeses a não denunciar padres suspeitos de pedofilia, em 1997.

O vice-premiê e ministro do Exterior irlandês, Eamon Gilmore, disse ter pedido que o Vaticano explique formalmente o que ele chamou de “intervenção inapropriada” nas leis da Irlanda.

Gilmore deu a declaração a jornalistas depois de uma reunião com o núncio apostólico da Irlanda, arcebispo Giuseppe Leanza, para discutir as conclusões do quarto relatório a respeito do acobertamento de casos de pedofilia pelo clero irlandês, divulgado ontem.

O relatório aponta que o Vaticano apoiou a diocese do condado irlandês de Cork, ao ignorar as próprias orientações da Igreja da Irlanda a respeito de proteção à criança, e que muitos casos de abuso infantil não foram denunciados à polícia.

Uma carta divulgada pela rede de TV irlandesa RTE aponta que um departamento interno do Vaticano, a Congregação para o Clero, aconselhou os bispos irlandeses.

A carta mostrou que as autoridades do Vaticano rejeitaram, em 1997, a ideia de iniciar um processo de "denúncias obrigatórias" a partir de queixas de abusos contra menores.

Datada de janeiro de 1997, a carta é assinada pelo arcebispo Luciano Storero, já morto, que era representante-chefe do então papa João Paulo 2º para a Irlanda.

O documento foi escrito um ano depois que um comitê de bispos irlandeses elaborou novas políticas que sugeriam que fossem "obrigatórias" as denúncias à polícia caso houvesse suspeitas de abusos.

O documento, redigido pela Congregação para o Clero, diz que o órgão do Vaticano havia estudado as novas políticas irlandesas, mas enfatizava que essas políticas "necessitam estar em conformidade com as normas canônicas em vigor".

"A (política de) 'denúncias obrigatórias' dá margem a ressalvas sérias de natureza moral e canônica", escreveu Storero.

Na época da divulgação da carta, a emissora irlandesa afirmou ter recebido o documento de um bispo.

O Vaticano alegou que o documento dizia respeito a uma abordagem específica e já ultrapassada da Congregação para o Clero.

julho de 2011

Comentários

Anônimo disse…
Trata-se de táticas muuuuuuuito antigas da ICAR.
Anônimo disse…
Corrigindo:Tratam-se de táticas antiquíssimas da ICAR.
Anônimo disse…
Irlanda que quer Vaticano explique orientação para acobertar pedofilia

Paulo, o titilo não seria mais claro que o a conjunção subjetiva ficasse na posição pós verbo? quer que.

obrigado
Anônimo disse…
correção o título
Paulo Lopes disse…
Título corrigido. Tenho apreço especial pelos leitores que me corrigem. Obs.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Em 2022, no Rio, jovens e brancos foram maioria dos casos da varíola dos macacos

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Britney Spears entra na lista de famosos que não acreditam em Deus

Atentados e corte de verba pública colocam as Testemunhas de Jeová em crise

Por que Jesus é retratado com um tanquinho? Esse messias reflete os valores cristãos de masculinidade

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Aquecimento do oceano impacta distribuição de corais e ameaça espécies da costa brasileira

"O jihadismo nada tem a ver com a política do Ocidente, o capitalismo global e os privilégios dos brancos" (Sam Harris)