Como nas cabines de piloto de avião comercial, as salas de cirurgias deveriam ter um sistema de caixa-preta para que tudo fosse gravado, de modo que os pacientes se sintam mais seguros quanto forem submetidos a uma operação.
É o que propõe o cirurgião Bem-Hur Ferraz Neto (foto), 47, chefe do setor de transplantes do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele disse à Veja que tal proposta tem causado “arrepio” aos seus colegas médicos talvez porque ele ainda não avaliariam o alcance da media.
Ferraz afirmou que não se trata de uma medida cujo objetivo seria o de apenas vigiar os procedimentos médicos, mas seria também e principalmente uma coleta de informações para montar um banco de dados valiosos. “Todos ganhariam com essas informações.”
Ele disse que o paciente, na sala de cirurgia, fica totalmente à mercê do médico, em uma situação de extrema vulnerabilidade.
“O paciente está sedado, semidespido, longe dos amigos e da família. Não tem testemunhas para acompanhar os procedimentos que vai sofrer. Já o cirurgião vive a circunstância oposta. Ele tem o controle total. Se submeter a uma cirurgia é a maior demonstração de confiança que um ser humano pode dar. É justo que a pessoa em um momento desses tenha a segurança de saber que tudo está sendo gravado.”
Disse que a sociedade deveria exercer um controle sobre os médicos com o propósito de obter o exercício da medicina com mais qualidade.
“Em qualquer atividade profissional há indicadores de avaliação. Na medicina, raramente eles existem.”
> Maria estava ótima, falaram os médicos da lipo. Mas ela morreu. (junho de 2009)
> Médicos operam lado errado do cérebro, e Verônica morre. (março de 2009)
Comentários
Acredito que são poucos os que aceitaram a tal caixa preta...
Acredito que são poucos os que aceitaram a tal caixa preta... (2)
Postar um comentário