As investigações sobre a lavagem de dinheiro envolvendo Edir Macedo, fundador da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), vão incluir países africanos e Portugal, entre outros, noticiou a Agência Lusa, que obteve a informação do MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo.
De acordo com a agência de notícia de Portugal, o MP pretende firmar acordos de cooperação com países onde houver templos da Igreja Universal e indícios de lavagem de dinheiro obtido por intermédio do dízimo.
A Lusa destacou que a igreja tem 400 templos em Angola e que na África do Sul investe cerca de 20 milhões de dólares na construção de um templo na cidade de Soweto com a capacidade para oito mil pessoas sentadas.
A Iurd tem templos em 172 países. A sua primeira base no exterior foi nos Estados Unidos, onde se encontra desde 1980.
De lá para cá, houve uma rápida expansão para, além dos já citados países, Itália, França, Argentina, Rússia e Moçambique, entre outros. Nesses países o dinheiro do dízimo também estaria irrigando o conglomerado de empresas do grupo de Edir Macedo.
De acordo com o Coaf, órgão do Ministério da Fazenda que rastreia lavagem de dinheiro, os templos da Universal no Chile, África do Sul, México, Venezuela e Estados Unidos movimentaram o equivalente a R$ 300 milhões entre março de 2001 a março de 2008.
O MP já informou as autoridades dos Estados Unidos que os bispos que controlam a Universal podem estar usando bancos estabelecidos naquele país para a lavagem de dinheiro. Seria o caso das agências em Miami e Nova York do Banco Holandês Unidos, a partir das quais houve remessa de dinheiro para o Brasil em nome da Investholding, uma empresa cujos donos seriam laranjas da igreja de Edir Macedo.
Somente em 1992, a Investholding enviou para o Brasil pelo menos US$ 6 milhões, cerca de R$ 11 milhões.
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