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Professor diz em aula que soja é como negro, ‘difícil de matar’

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No primeiro dia do ano letivo de 2000, José Antônio Costa, professor de Leguminosas de Grãos Alimentícios da Faculdade de Agronomia da UFRS (foto), disse: “Soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar”.

A classe riu.

O professor também falou que “os negrinhos da favela só tinham os dentes bancos porque a água que bebiam possuía flúor”.

Risos de novo.

Mas alguns poucos alunos não gostaram do que ouviram, entre eles Ronaldo Santos de Freitas, o único negro da classe. Eles reclamaram com a direção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A reitoria da escola abriu uma sindicância, e a conclusão foi de que Costa apenas usou “expressões informais”, sem intenção de ofender ninguém.

O Ministério Público recorreu à Justiça. Um juiz de primeira instância considerou não ter havido discriminação, e o MP foi ao TRF (Tribunal Regional Federal).

Agora, nove anos depois, o TRF da 4ª Região decidiu que o professor foi racista e o condenou a pagar multa no valor de um salário dele, incluindo adicionais.

O argumento do advogado da defesa é que o professor não quis ser pejorativo, tanto que se desculpou ao final da aula. E que Costa apenas repetiu o que se fala na zona rural em tom de brincadeira para destacar o vigor da etnia negra.

Para o juiz Roger Rios, do TRF, “não é crível que indivíduo com o grau de formação intelectual [mestrado e doutorado] não perceba o explícito e textual conteúdo racista” no que falou aos alunos.

O ex-aluno Freitas, 34, que hoje trabalha em Belém (Pará) em uma indústria de cosméticos, disse não que podia aceitar as piadinhas de Costa porque “professores são formadores de opinião”.

O professor vai recorrer da decisão do TRF.

> Médica indenizará funcionário que o chamou de 'nêgo e morto de fome'.

Comentários

Nós professores somos realmentre formadores de opinião, se falamos besteiras ou coisas erradas podemos influenciar e fazer as pessoas pensarem arradas. As pessoas nos vêm como detentoras ee conhecimento e capazes de tirar suas dúvidas e tramsmitir informações concretas dentro de nossas areas de formação. Por isso temos que pensar antes de falar, vamos usar a linguagem popular para explicar os conteúdos mas em tom racista ou discriminativa jamais!
Terramel disse…
Que tremenda idiotice essa palhaçada do politicamente correto. Agora o cara não pode falar uma piadinha que é processado. Logo logo não vão mais poder zoar gays, nem fazer piadas machistas ou de gordos. O mundo fica cada vez mais idiota por causa de alguns chorões... Tenho amigos gays, negros, obesos, asiáticos, índios, nordestinos e várias outras "minorias" que nunca ligaram pra esse tipo de coisa e até mesmo fazem piadas. Um negro pode andar com uma camisa escrita 100% negro, mas se um branco faz isso, ele é chamado de racista. por que negros podem ter orgulho da raça e brancos não podem? Puta hipocresia. O pior é que juízes e políticos falam coisas para parecerem certinhos e ficarem bonitos no jornal, mas são uns hipocritas que não dão a mínima para os verdadeiros males que afetam as minorias... O aluno ofendido, em primeiro lugar, não era nenhuma minoria, mesmo sendo negro. O cara estava fazendo curso superior em uma faculdade FEDERAL, ou seja, o cara é topo da pirâmide! É elite!
Anônimo disse…
Um negro pode andar com uma camisa escrita 100% negro, mas se um branco faz isso, ele é chamado de racista [2]

Bah ta loko...
Antonio Regly disse…
Roberto,
O professor deveria ter usado o bom senso. Se havia um negro na sala, deveria, no mínimo ponderar se suas palavras não iriam constranger o aluno. Ainda que só tivessem brancos na sala, teria de pensar se suas palavras não influenciaram os alunos a uma atitude racista.
Se não tem algo bom para dizer que fique calado. Se não tem uma ilustração melhor, que não use nenhuma. Todos os que proferem palavras de cunho racista, na hora de ser responsabilizado, negam que o são. Pelo menos, com a condenação, acredito que ele pensará um pouco mais antes de falar asneiras.
Abraço.
Anônimo disse…
Lamentável este tipo de "brincadeira", ainda mais vindo de um professor.
Abraço
Rogério
Anônimo disse…
Caros,
creio que o caso é mais grave do que pensam; a versão acima é basicamente uma adaptação de uma nota que saiu no plantão online do jornal Zero Hora; ocorre que o autor desta nota, não sei se propositalmente ou não, publicou informações erradas, e, mais grave, ocultou o contexto da fala do professor. Primeiro, que a comparação não foi "negro é como soja", mas, sim, "negro é como inço", ou seja, uma praga, erva daninha, algo ruim que precisam ser extirpado; segundo, por ter colegas que estavam presentes, sei que o tom da fala foi extremamente irônico e debochado;
abraços,
Oswaldo
Anônimo disse…
Escrevi o post com base em informação do Portal da Justiça da 4ª Região e em notícia da Folha. No portal, o link é este:http://www.trf4.jus.br/trf4/noticias/noticia_detalhes.php?id=6086. Na Folha, é este: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0105200919.htm (só para assinante).

Quem confrontar o meu texto com essas duas fontes perceberá que a possibilidade levantada pelo Oswaldo de que eu teria publicado informação errada ou omitido parte dela não passa de delírio.

O leitor tenta se passar por sabido, mas não lhe ocorre que, se eu quisesse omitir informação, simplesmente não me daria ao trabalho de publicar o caso.
cleyton disse…
Caro Paulo, de forma alguma disse que havia sido você que "teria publicado informação errada ou omitido parte dela". Disse, sim, que havia equívocos na mensagem vinculada pelo jornal Zero Hora. E, creio, fato este agravado se o "erro" foi do "Portal da Justiça da 4ª Região", como pude constatar através de sua indicação. Reitero: não é verdade que a comparação foi "soja é como negro" e, sim, "inço é como negro" , fato este que, espero, segunda-feira venha a ser corrigido. E é fácil constatar isso, pois, mais adiante, a nota diz que a defesa teria alegado que agricultores italianos gaúchos usam a primeira expressão (soja), fato, no mínimo, que deve soar bizarro para a maioria deles. Toda essa situação é ainda mais grave, se levarmos em conta que a nota publicada traz apenas o lado da defesa do acusado e nenhum argumento dos promotores da ação. No caso do jornal ZH (ver http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&channel=13&tipo=1&section=Geral&newsID=a2492975.xml), a omissão foi pior, pois sei que várias pessoas tentaram, no espaço para os comentários do jornal, dizer quem havia sido o "professor" em questão (o que você prontamente fez em sua mensagem inicial), contudo, nenhum dos recados das 5 pessoas que sei que mandaram mensagem com seu nome foram publicadas nos comentários.
Por fim, devo confessar que não conhecia o perfil do seu site, o que, considerando a promiscuidade internética, me levou a usar o anonimato. Porém, não vejo mais razão par a tanto.
Espero ter desfeito algum mal entendido.
abraço,
Cleyton Gerhardt
Anônimo disse…
Ok.
Anônimo disse…
Com efeito, a frase foi infeliz, e certamente, melhor crer que aludida pronuncia, se deu em tom de brincadeira, ainda que de mal gosto; Ao revés, fica patente a configuração de crime de crime de racismo;

Roger Souza Corregedoria
Anônimo disse…
Quero falar especificamente para o tal do terramel. Muito provavelmente vc é branco,por isso acha que não é nada demais fazer piadinhas racistas contra negros e não se encaixa em nenhuma destas ditas minorias, senão vc também não ia querer ouvir tais piadinhas ridiculas,idiotas e que só reproduzem os preconceitos. Se liga cara procura o que fazr e não fica querendo se divertir em cima de preconceitos.
Nívea. disse…
uma coisa é fato: só sente esse tipo de preconceito, só se magoa com esse tipo de brincadeira, quem é parte disso. Só negros, gays, gordos, baixos... tudo que foge ao tradicional, ao comum, é escrachado em nossa sociedade. Sociedade da exclusão! Piadas e gracinhas desse tipo PERPETUAM O PRECONCEITO POR GERAÇÕES E GERAÇÕES. Realmete poderia não haver nada demais brincar, mas infelizmente todo mundo está com o preconceito introjeitado na mente e na hora da ação somos nós negros, gays, gordos e etc que somos humilhados, que abdicamos das coisas, que sofremos diariamente e constantemente esse tipo de ataque que é CRIMINOSO PELO MAL INTERNO QUE NOS CAUSA.
Nívea Sabino
Anônimo disse…
Em primeiro lugar,esse sujeito que se diz ser professor,uma que ele não é nem gente e outra que ele tá num país errado que é o Brasil, porque se ele olhar para o lado vai ver um negro, um indio,um branco ou um asiatico,então meu cara nazista disfarçado de professor,invés de você estar em uma sala de de aula,você deveria estar em ilha sendo comido por animais igual a você.
Anônimo disse…
Quem nunca foi seguido por seguranças de lojas,nunca ouviu de pessoas "segura sua bolsa,tem negro na area",nunca foi olhado com desprezo com desconfiança,nunca viu nenhum passageiro se levantar e trocar de lugar quando você chega perto,nunca viu as pessoas segurarem os celulares quando passam por você e relaxarem logo que vc passa nunca vão saber o tamanho do sofrimento do negro.Ainda bem que Deus é por nós...
Anônimo disse…
o professor tá totalmente errado....ele sabe debochar mesmo
Anônimo disse…
Eu concordo com Terramel. É verdade se nós andarmos com camisa escrita 100% branco, todos fazem cara feia. E têm mais, com essa porcaria de afrodescendentes, pessoas que tiraram 10 nas provas, perderam para uns afrodescendentes que tiram 8 nas provas.
O que vai virar esse Brasil.... Uma merd....

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