Representantes de movimento feminista criticaram neste domingo (8) a Igreja Católica pelo fato de o arcebispo José Cardoso Sobrinho, de Olinda e Recife, ter excomungado a mãe e os médicos que interromperam a gravidez de uma menina de 9 anos estuprada pelo padrasto.
Elas participaram de uma manifestação no Monumento às Bandeiras no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (foto). Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
Houve distribuição de panfleto com a informação de que o aborto foi feito dentro da lei porque a menina corria risco de morte.
“Pregar sua doutrina no interior dos templos é um direito legítimo de todos os religiosos. Agora, quando um representante da Igreja Católica Apostólica Romana tenta interferir nas decisões da Justiça, ou faz essas declarações à imprensa, está claramente procurando exercer inapropriada influência pública sobre o Estado laico, construindo um discurso de intolerância e intransigência oposto à idéia de vida que alega defender”, diz o panfleto.
Mariana Cestaria, uma das coordenadoras da manifestação, disse à Agência Brasil: “Hoje temos mais de 1 milhão de abortos provocados por ano no Brasil. É uma realidade. E criminalizar ou tratar como criminosas as mulheres que realizam abortos não significa diminuir esses números.”
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