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Deu no Globo Online: Agentes da Polícia Federal impediram a entrada no Brasil de oito espanhóis, cinco homens e três mulheres, na noite desta quinta-feira. Eles tentaram desembarcar no Aeroporto Internacional de Salvador às 21h15m, em vôo da Air Europa, mas tiveram de retornar à Espanha às 23h30m. O não declarou onde ficaria hospedado ou quanto dinheiro tinha. Segundo a PF, três dos barrados seriam agentes de viagem. A medida acirra as tensões entre os governos brasileiro e espanhol, que tiveram início depois que um grupo de 30 brasileiros foi detidos ao desembarcar no aeroporto Madri. > Íntegra da notícia. xxx

O fato de um menino de 8 anos ter sido aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Unip de Goiás revela a que ponto chegou a degradação do ensino superior no país. É bom que se diga logo que o menino João Victor Portellinha não é nenhum superdotado. É um menino igual a muitos, comum. Disse que passou no vestibular sem ter estudado matemática, química e física. Ele faz a quarta série do ensino fundamental. Incomum é o pai do garoto, o empresário Willian Ribeiro, desejar que o filho se torne advogado aos 12 anos. Aos 13 ou 14, quem sabe, ele possa se tornar um juiz. Mais incomum ainda é a Unip (Universidade Paulista) ter aceitado que um menino de 8 anos fizesse o vestibular, fosse aprovado e matriculado no curso. Agora, com o vazamento do caso para a imprensa, a universidade afirma que o garoto não pode freqüentar o curso, porque ele não tem o certificado de conclusão do segundo grau. Diz que vai devolver o dinheiro da matricula. Mas antes, veja só, a escola elogiou a redação do

Uma escola do ensino fundamental da Grã-Bretanha só publica foto de alunos em seu site com o rosto deles borrado (ver acima). Motivo: proteger as crianças de pedófilos. Para jornais como The Sun e Daily Mirror, trata-se, por parte da escola, de atitude ‘alarmista’. Alguns pais acham que de há exagero. Com a popularização da internet, discussão está posta lá e em todo o mundo. Eu sou de opinião de que o caldo de galinha e a precaução nunca fizeram mal a ninguém. xxx

Veja só: a exemplo de fiéis da Igreja Universal, o deputado federal pelo PDT/SP e presidente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva (foto) está ameaçando mover contra a Folha e O Globo em 20 Estados até 2.000 ações porque ele diz que os dois jornais insistem em informar que a Força possui convênios com a pasta do Trabalho. Os dois jornais vêm noticiando que o Ministério do Trabalho, cujo titular é Carlos Lupi, presidente do PDT, estaria beneficiando com pelo menos 12 convênios entidades ligadas à força. Olhe o apreço que Paulinho tem pela liberdade de expressão: disse que, com as ações, não espera obter uma vitória na justiça, mas “dar trabalho” aos jornais. Pode perder, não tem problema. Vou dar um trabalho desgraçado para eles. Meu negócio é dar trabalho para eles. Não é nem ganhar. É só para eles aprenderem a respeitar as pessoas. Eu estou fazendo apenas 20. Se não parar, vou fazer de 1.000 a 2.000 ações contra eles no Brasil inteiro. Quem diria, hein? O sindicalismo do Paulinho s

Ao jornalista Jacques Gomes Filho, correspondente em Buenos Aires do SBT, Raúl Reyes (foto), o segundo na hierarquia das Farc, teria concedido a sua última entrevista antes de ser morto pelo Exército da Colômbia. Em entrevista à revista Fórum , Jacques disse que, depois de quatro meses de negociação com contatos dos narcotraficantes, entrevistou Reyes em local próximo ao que ele viria ser morto. Contou que o Reyes usava muito o computador que posteriormente foi capturado por soldados colombianos. O jornalista conta que Reyes, embora fosse um dos mais procurados pelo Exército colombiano, gostava de dar entrevistas e se deixava filmar e fotografar -- tinha um ego enorme. Jacques revela que passou momentos difíceis entre os narcotraficantes, quando helicópteros do Exército sobrevoaram os acampamento. Mesmo tendo a cabeça a prêmio pelo governo colombiano, Reyes falou ao SBT, à Band e a emissoras de outros países da América Latina. Ele até que demorou em ser localizado pelo Exército da Co

Esta reportagem de 2001 de Fábio Pannunzio, do Jornal da Band, mostra o domínio que as Farc (Forças Armadas Revolucionários da Colômbia) tinham do país naquela época. De lá para cá, o governo colombiano endureceu o combate aos narcotraficantes, mas ainda assim eles detêm o controle de grandes regiões do país. O repórter começa bem: ressalta a violência da qual a população é vítima por causa das Farcs. Mas não avança muito nessa direção. A segunda parte reportagem (ver abaixo) chega a enaltecer as Farc. Mostra a vida dura dos ‘guerrilheiros” na selva, expostos à malária, mas que mesmo assim, veja só, usam uniformes limpos, asseados, como se fossem novos, e escovam os dentes pela manhã etc. Não foi ressaltado que as Farc mantêm seqüestradas centenas de pessoas e nenhum parente das vítimas foi entrevistado. E nem que os bandidos se financiam principalmente com a cobrança de impostos dos plantadores e traficantes de drogas. A reportagem mais parece um release das Farc. Lamentável.

Só para registrar: a Colômbia não pode invadir o território do Equador –e não pode mesmo. Mas o Equador pode deixar-se ser invadido, por assim dizer, por narcoterroristas das Farc? O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que seu país foi agredido pelo “governo canalha” do presidente colombiano Álvaro Uribe. E o Correa, que abriga bandidos seqüestradores e assassinos da Colômbia, é o quê?

O governo brasileiro demorou, mas se manifestou oficialmente sobre a crise diplomática envolvimento a Colômbia, Equador e Venezuela. O ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, criticou a Colômbia por ter invadido o território do Equador. Muito bem. Era o que o Brasil tinha de dizer, até porque Colômbia e Venezuela fazem fronteira com o Brasil. Se houver uma guerra entre os dois países – e o presidente venezuelano Hugo Chávez é um doido, é capaz de tudo --, o território brasileiro terá de ser respeitado pelos conflitantes. Só ficou estranho o Brasil, por intermédio de Amorim, silenciar-se sobre a ação dos narcoterroristas das Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia), que há décadas seqüestra e mata pessoas indefesas. A Colômbia invadiu o território do Equador para matar Raúl Reyes, o chefão número dois das Farc. Há que diga que a Colômbia agiu corretamente, porque, afinal, o governo equatoriano estava dando guarida a um figurão do narcoterrorismo. Eu acho que não. O território e

A notícia é da BBC e vem de Roma: o Vaticano informou ao padre italiano Piero Gelmini que ele foi excluído do sacerdócio e agora volta à condição de leigo. Ele é acusado de ser pedófilo e teria abusado de nove jovens de uma comunidade de dependentes de drogas. O estranho é isto: Gelmini cuidava dessa comunidade e vai continuar a cuidar, porque, veja só, se trata de uma entidade de caráter privado, e não da igreja. Quer dizer: rezar missa ele não pode mais, mas continuar entre os jovens, sim. Tudo deve ser apurado, se já não estiver, e ex-padre, claro, tem de ser afastado de qualquer atividade, julgado e, se for o caso, colocado na cadeia. > Íntegra da notícia. >  Casos de padres pedófilos.

Voltaram a circular informações segundo as quais o bispo Edir Macedo (foto) estaria comprando o jornal carioca “O Dia”. Desta fez, fala-se que o dono da Igreja Universal estaria oferecendo às herdeiras do jornalista e empresário Ary Carvalho cerca de R$ 150 milhões. No ano passado, a direção do jornal desmentiu que o jornal estivesse à venda. Edir Macedo tem se empenhado em expandir o seu império de empresas de comunicações. Recentemente lançou um canal 24 horas de notícias, a Record News. No começo do ano passado, comprou o Correio do Povo, jornal do Rio Grande do Sul com 112 anos existência e circulação diária de 150 mil exemplares. Também em 2007 ele tentou ficar com a revista Istoé. No começo deste ano, ele investiu na profissionalização da redação da Folha Universal, semanário com a tiragem de 2,3 milhões de exemplares (a maior do país) que é vendido a R$ 1 a unidade nos templos da Universal. Se comprar “O Dia”, Macedo se instalará no território de seu arquiinimigo, a família Mari

Do caderno Aliás do Estadão de hoje: por Demétrio Magnoli O ex-ministro Antonio Palocci, seu ex-assessor de imprensa, Marcelo Netto, e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, foram denunciados pelo procurador-geral da República como autores do crime de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa [foto], que testemunhou sobre a presença do ministro na casa do Lago Sul onde operavam lobistas de Ribeirão Preto. A elucidação do episódio e a punição dos criminosos são parâmetros cruciais para se avaliar a saúde da democracia brasileira. Todo o caso exala um odor fétido. Palocci tinha interesse em desacreditar a testemunha e foi alertado, pela jornalista Helena Chagas, mais tarde nomeada diretora de jornalismo da TV Brasil, sobre rumores de uma incomum movimentação na conta bancária de Francenildo. Nos meios governistas, circulou a tese de que o caseiro testemunhava mediante pagamento da oposição. Mattoso encarregou-se de devassar sua conta e imprimir um e

Leitor, repare nesta caixa de lápis aí do lado, da Faber Castell. São lápis com duas pontas. O site da Faber informa que se trata do lápis de “cor bicolor”. Nome redundante: bastava dizer que é um lápis bicolor. Mas isso é o de menos, como vai se ver. Quando as minhas duas primeiras filhas estavam no ensino fundamental, a minha querida tia Bebel, professora de cegos no Instituto Padre Chico , ficava preocupadíssima ao flagrar no estojo das meninas lápis apontados nos dois extremos. A Bebel pegava esses lápis e dava sumiço neles. É que por ela passavam crianças que tiveram o olho perfurado por ponta de lápis. Acidentes acontecem, mas devemos tomar precauções para que ocorram o menos possível, não é mesmo? Por isso não entendo como a Faber Castell pôde lançar uma linha de lápis que potencializa o risco de ferimento nos olhos. Basta que uma criança faça um movimento brusco para baixo com a cabeça e ela ficará marcada pelo resto da vida por uma desgraça. Não estou dramatizando. S

Do Estado, por Leonencio Nossa: Um dos mais duros ataques já feitos ao Judiciário pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou clima tensão ontem no Congresso e provocou fortes reações dos parlamentares. O confronto começou na noite de quinta-feira, quando Lula afirmou, num palanque em Aracaju, que “seria bom que o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele”. A avaliação geral foi que, com a declaração, o presidente invadiu a autonomia dos outros Poderes. O comentário de Lula tinha como destinatário o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, que havia criticado o Territórios da Cidadania - para ele, um programa social em ano eleitoral, o que é proibido por lei. Ao afirmar que a oposição poderia contestar na Justiça a iniciativa, o ministro, segundo o presidente, teria dado a senha para a oposição recorrer - o que foi feito no dia seguinte. Ontem de manhã, em Brasília, Marco Aurélio reagiu ao ataque de Lula. Afirmou ter estranhado “a