Pois é: elogiou-se tanto o trabalho da polícia na apuração do assassinato de Isabella, que causou surpresa a divulgação ontem, pelos telejornais da Globo, que o inquérito tem pelo menos dois "furos", conforme admitem os próprios delegados que cuidam do caso.
Diferentemente das informações que a polícia passou para a imprensa, as perícias não comprovam que as manchas de sangue encontradas no carro de Alexandre Nardoni sejam de Isabella e nem que foi descoberto indício de vômito na blusa que o pai da menina usava na noite do assassinato.
O vômito – tinha sido informado pela polícia – era uma reação do organismo da menina à esganadura que ela sofrera. O que os peritos encontraram, na verdade, foi um ponto amarelado na bermuda de Alexandre, mas que não pôde ser identificado.
Apesar disso, ao interrogar Alexandre e Anna Jatobá, a madrasta, no dia 18 de abril, a polícia, referindo-se às perícias, deu como certa a existência do sangue e do vômito. Pai e madrasta afirmaram que desconheciam tais indícios.
Agora, os delegados consideram que foi um erro usar no interrogatório informações não-confirmadas. Erro que foi endossado pelo promotor Francisco Cembranelli. Ao responder uma contestação dos advogados da defesa, Cembranelli chegou a afirmar que as perícias comprovaram que as manchas no carro eram do sangue da menina. "Só não vê [nos laudos] quem não quer”.
Os advogados de defesa do casal vão questionar a validade do interrogatório, por essas e outras questões. O que ocorrerá em "momento oportuno", afirmaram Marco Pólo Levorin e Ricardo Martins.
Até o final da noite de ontem, não se sabia até que ponto tais falhas no interrogatório poderão fazer com que a polícia e o promotor desistam de pedir a prisão preventiva de Alexandre e Anna. O inquérito policial se encerra hoje.
Interrogatório questionável
Defesa contratará perito
> Pai e madrasta não souberam explicar vômito de Isabella. (26/4/2008)
> Para promotor, assassinato não foi premeditado. (Estadão)
> Caso Isabella.
Diferentemente das informações que a polícia passou para a imprensa, as perícias não comprovam que as manchas de sangue encontradas no carro de Alexandre Nardoni sejam de Isabella e nem que foi descoberto indício de vômito na blusa que o pai da menina usava na noite do assassinato.
O vômito – tinha sido informado pela polícia – era uma reação do organismo da menina à esganadura que ela sofrera. O que os peritos encontraram, na verdade, foi um ponto amarelado na bermuda de Alexandre, mas que não pôde ser identificado.
Apesar disso, ao interrogar Alexandre e Anna Jatobá, a madrasta, no dia 18 de abril, a polícia, referindo-se às perícias, deu como certa a existência do sangue e do vômito. Pai e madrasta afirmaram que desconheciam tais indícios.
Agora, os delegados consideram que foi um erro usar no interrogatório informações não-confirmadas. Erro que foi endossado pelo promotor Francisco Cembranelli. Ao responder uma contestação dos advogados da defesa, Cembranelli chegou a afirmar que as perícias comprovaram que as manchas no carro eram do sangue da menina. "Só não vê [nos laudos] quem não quer”.
Os advogados de defesa do casal vão questionar a validade do interrogatório, por essas e outras questões. O que ocorrerá em "momento oportuno", afirmaram Marco Pólo Levorin e Ricardo Martins.
Até o final da noite de ontem, não se sabia até que ponto tais falhas no interrogatório poderão fazer com que a polícia e o promotor desistam de pedir a prisão preventiva de Alexandre e Anna. O inquérito policial se encerra hoje.
Interrogatório questionável
Defesa contratará perito
> Pai e madrasta não souberam explicar vômito de Isabella. (26/4/2008)
> Para promotor, assassinato não foi premeditado. (Estadão)
> Caso Isabella.
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