Paulopes

por  Rafael Cariello , da Folha O catolicismo continua a perder fiéis, especialmente para os protestantes pentecostais, porém a religiosidade do brasileiro permanece altíssima, resultado em grande parte do trabalho de séculos de evangelização empreendido pela Igreja Católica no país. Pesquisa Datafolha sobre "os brasileiros e a religião" revela que, em 2007, 64% dos entrevistados se declaram católicos, contra 70% em 2002, 72% em 1998 e 74% em 1996. O papa Bento 16, que chega nesta semana a São Paulo, encontrará um país com uma fatia menor de católicos do que aquelas que acolheram seu antecessor, João Paulo 2º, em três visitas ao Brasil (1980, 1991 e 1997). O levantamento revela, no entanto, que a velocidade de queda da fração de católicos na população brasileira tem diminuído. De acordo com Mauro Paulino, diretor do Datafolha, houve uma queda mais acentuada nos anos 90 na proporção de católicos (de um patamar de 75%, em 94, para outro de 70%, no final

Com 50 mil exemplares, o primeiro número da revista mensal Brasileiros chega às bancas no próximo dia 28, informa Eduardo Ribeiro, do Comunique-se . Vão tocar a revista Hélio Campos Mello (ex-Istoé), Nirlando Beirão (da CartaCapital) e Ricardo Kotscho (amigo de Lula e ex-secretário da Imprensa e Divulgação da Presidência). No número zero da revista, Mello escreve que a publicação vai contar histórias de brasileiros anônimos e famosos, ricos e pobres, brancos e pretos. O que não quer dizer nada, porque é muito vago. De qualquer forma, espera-se que a presença de Kotscho na direção da revista (ele é diretor-ajunto) não signifique que a revista vá ser bancada por anúncios do governo e de empresas estatais.

O governo do Uruguai acaba de publicar na internet, no site da Presidência, documentos sobre a ditadura militar, que, entre 1973 a 1985, deu sumiço a pelo menos 200 pessoas. De acordo com o presidente Tabaré Vázquez, vão continuar as investigações sobre as atrocidades do regime. A informação é da BBC Brasil. Enquanto isso, no Brasil, um ou outro militar de alta patente faz de vez em quando impunemente elogios aos anos de chumbo, cujos documentos (os que ainda não foram queimados, obviamente) continuam trançados a sete chaves. Íntegra da notícia.

Por ter tentado roubar cinco galinhas, o desempregado José Roberto Pereira, 36, foi condenado pelo juiz Heitor Katsume Miura condenou-o a 1 ano e meio de prisão, na pequena cidade de Guarani D´Oeste, a 580 quilômetros de São Paulo. Por ser réu primário, Pereira poderá recorrer à instância superior da Justiça e cumprir a pena em regime semi-aberto. Ainda assim, trata-se de um absurdo num país em que os grandes larápios, os usurpadores do dinheiro público, os que lesam a população em bilhões, jamais irão para a cadeia. > Íntegra da notícia (Portal Estadão).

O presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras), Marcos Vinicios Vilaça (foto), perdeu a paciência com a demora de Portugal para ratificar o Acordo Ortográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Recentemente, ele pressionou a ministra portuguesa de Cultura, Isabel Pires, a tomar uma iniciativa para acabar com essa lengalenga. Embora o acordo tenha sido formatado em 1991, portanto há 16 anos, Portugal quer um prazo de mais 10 anos para adotar as novas normas para o idioma. Vilaça não se conforma com a resistência ao acordo por parte das editoras de Portugal, conforme relata o site da ABL . O acadêmico argumenta que os países de língua espanhola têm há muito tempo um único dicionário. Ele acha que o governo brasileiro deveria cobrar com mais insistência de Portugal a adesão definitiva ao acordo, que já foi aprovado por São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, além do Brasil. > Veja o que muda na língua portuguesa.       >  Notícias de Portugal.

O “apóstolo” Estevam e a sua mulher, a “bispa” Sônia, donos da Igreja Renascer, fizeram um acordo com a Justiça americana para que se livrem da possibilidade da condenação a 10 anos de prisão, informa o Portal do Estadão. Pelo acordo, que ainda não foi assinado, eles admitem que entraram nos Estados Unidos com dólares não-declarados (U$ 56,5 mil) e pegam apenas seis meses de prisão e outros seis meses de liberdade condicional. Nesse caso, os dois não precisarão ser submetidos ao júri popular. Quando eles saírem da cadeia nos Estados Unidos, serão deportados para o Brasil, onde terão de responder a processos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato. No Brasil, embora a situação judicial deles seja mais complicada, deverão prestar contas à Justiça em liberdade, porque aqui, como se sabe, cadeia é só para pobre –e as exceções são confirmam a regra. Outros posts sobre a Renascer .

Do Estadão de hoje: Privado de sua obra, autor encanta com habilidade em contar as histórias do livro Jotabê Medeiros Te cuida, Ariano Suassuna! Outro autor brasileiro, dessa feita um baiano de Vitória da Conquista, está fazendo escola na seara das 'aulas-show' que celebrizaram o paraibano de A Pedra do Reino. O fato deu-se na Livraria da Vila da Alameda Lorena, na noite de segunda-feira. O astro era Paulo César Araújo, autor da biografia não-autorizada Roberto Carlos em Detalhes. Privado de sua obra, que levou 15 anos para escrever, restou a Paulo César um único trunfo, o de recontar a história, e ele faz isso com habilidade, ironia e presença de espírito. É hilariante sua teatralização dos encontros entre Roberto Carlos e seus advogados. O advogado lia o livro, louco para iniciar uma ação por calúnia e difamação, grifava alguma coisa que lhe parecia cabeluda e levava a Roberto. 'Isso aqui é mentira, Roberto?', perguntava o rábula. 'Não, bicho! É verdad

Paulo Cesar de Araújo, autor do "Roberto Carlos em Detalhes", anunciou que vai recorrer à Justiça para que o livro possa voltar a ser vendido, informa a Folha. O livro teve sua comercialização proibida no dia 27 de abril, depois de uma audiência de conciliação entre o autor, cantor e a editora Planeta. Araújo diz que, na audiência, foi pressionado para assinar um acordo. Araújo dedicou-se 15 anos para escrever o livro. Agora, ele promete lutar outros 15 anos, se preciso, para liberá-lo. Em recente entrevista ao Fantástico, Roberto Carlos admitiu que se sente incomodado com a repercussão que o caso vem tendo na imprensa. Pois bem, se depender da obstinação de Araújo, o cantor não vai ter sossego por mais um longo tempo. > Outros posts sobre o caso . xxx

Neste momento em que a maioria dos senadores se mostra conivente com o caso Renan/Construtora Mendes Júnior, numa atitude vergonhosa, mais do que a dança da corrupção da deputada Angela Guadagnin (PT/SP), Alfredo Ruy Barbosa, digno como é, fez o que devia fazer: pediu ao Senado que retire o busto do seu bisavô (foto), Ruy Barbosa, do plenário. Ruy Barbosa é patrono do Senado. Não há a mínima chance de o Alfredo ser atendido, mas o seu pedido vale pelo protesto que representa contra o nojento corporativismo dos nobres senadores. No dia em que Renan Calheiros, da cadeira da presidência do Senado, se apresentou à nação para dizer que foi ele, e não a Mendes Júnior, que bancou os gastos com a sua ex-namorada Mônica Veloso, os senadores se enfileiraram para cumprimentá-lo. Na dança da Guadagnin pelo menos ninguém a acompanhou. Dias depois, os jornais deram uma notícia que explica um pouco a solidariedade dos senadores a Renan: a maioria deles, mais de 50%, contou em suas campanhas

Diferentemente do que diz hoje a Folha, e eu reproduzi no blog a informação dela, o presidente Lula foi avisado com antecedência pelo ministro Tarso Genro, da Justiça, sobre a busca e apreensão de documentos na casa do irmão mais velho dele, Genival Inácio da Silva, o Vavá (foto), conforme relata Josias de Souza, em seu blog , no Uol. Vavá foi indiciado por estar envolvido com a máfia do caça-níquel. Lula foi avisado no domingo à noite, em Nova Déli, que o seu irmão estava sendo investigado pela operação Xeque-Mate da Polícia Federal. Ele ficou sabendo que Vavá não seria preso, sorte que outros 77 envolvidos com a máfia não tiveram. O jornal diz que tinha apurado que o presidente “reclamou por não ter sido avisado com antecedência”. Alguém passou informação errada para a reportagem da Folha e esta a engoliu com tranqüilidade, sem checá-la. O jornal, assim, passou a idéia de que a PF, no comprimento de seu papel constitucional, não se subordina nem mesmo ao presidente da República,

Conforme escrevi que ia ocorrer, Lula elogiou a mais recente operação da Polícia Federal, a Xeque-Mate, embora ele tenha afirmado que acredita na inocência do irmão mais velho dele, o Vavá, um dos indiciados sob a acusação de estar envolvido com a máfia dos caça-níqueis. Em Nova Délhi, Índia (foto), disse Lula Eu conheço meu irmão há 61 anos. Sou capaz de duvidar que meu irmão tenha algum problema. Mas, de qualquer forma, se a Polícia Federal fez a investigação, está feita a investigação. Isso vale para qualquer um dos 190 milhões de brasileiros. Só faltou ele dizer que a PF do governo dele é melhor do que a da época do governo FHC. O que, aliás, é verdade, mas não porque Lula assim quer. A independência hoje da PF mostra que ela escapou do controle do Palácio do Planalto. Também escrevi que a operação Navalha e o caso Renan/Construtora Mendes Júnior logo sairiam de foco, para dar lugar à outra mobilização da Polícia Federal. Dito e feito. Agora, só falta Lula, pressionado pelos cor

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) está propondo um código de ética para a categoria cuja minuta prevê, entre outras coisas, que o juiz denuncie interferência que prejudique sua independência e recuse presentes, benefícios ou bocas-livres, como viagens e diárias pagas por empresas para participar de eventos. Em resumo: o que o CNJ propõe é o óbvio, mas, veja só, entidades que representam a categoria têm criticado a proposta. Conforme noticia a Folha, essas entidades, como a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), afirmam que o código, por ser vago, abre uma brecha para que os tribunais punam os juízes “mais independentes” em decorrência de avaliações subjetivas. Curioso: o código nem sequer está pronto (ele está aberto a sugestões), e AMB e suas congêneres já o criticam, em vez de colaborar na sua elaboração. O que demonstra que, como sempre, o corporativismo é o escudo dos corruptos. Comandatuba é o paraíso de magistrados . Juiz acha normal que bancos paguem boca-livre

Até o irmão mais velho do Lula foi pego por uma operação –a Xeque-Mate– da Polícia Federal. O Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. Houve na casa dele busca e apreensão de documentos. A Xeque-Mate investiga pessoas envolvidas com a máfia dos caça-níqueis. A Folha informa que Lula, que se encontra na Índia, ficou muito irritado por não ter sido avisado de que a operação ia pegar o Vavá. A Xeque-Mate prendeu 77 suspeitos de pertencerem à máfia. Os parentes deles também deveriam ser avisados de que haveria a operação, para que pudessem dar sumiço em provas e/ou fugirem? Recentemente, Lula cedeu à pressão de políticos e advogados que estavam reclamando das operações da PF e disse que ia pedir ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que verificasse se tinha havido abuso. Mas, ambíguo como sempre, para agradar todo tipo de público, o presidente acrescentou que as operações da Polícia Federal iam pr

A Google Brasil foi condenada em primeira instância a deletar do Orkut as comunidades que criticam o bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal. A empresa entrou com recurso argumentando que é a Google americana que responde pelo site de relacionamento. A desembargadora Maria Olívia Alves, da 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou o recurso, de acordo com informação do site Consultor Jurídico . Para ela, a Google brasileira representa no país os interesses da matriz. Não se sabe se a empresa vai recorrer a outras instâncias judiciais. Os advogados do bispo moveram a ação contra a Google porque, argumentam, as comunidades ofendem a honra de Edir Macedo. Até neste momento em que escrevo, essas comunidades, centenas delas , ainda se encontram disponíveis no Orkut. A maioria delas acusa o bispo de se enriquecer às custas da exploração dos fiéis, com a cobrança do dízimo. Esse é o caso da “Se Jesus é o caminho... Edir Macedo é o pedágio?” e da “Edir Maced

Os bicheiros do jogo do bicho têm mais credibilidade do que os políticos. Esse é uma das conclusões do estudo que entrevistou 1.283 pessoas em Brasília. Do total dos entrevistados, 22,7% confiam no jogo do bicho e apenas 19,9% no Congresso Nacional. O pior é que esse tipo de pesquisa não sensibiliza os nossos nobres políticos. Tanto é que neste momento os senadores (a maioria deles) estão fazendo vistas grossas para o caso Renan/Construtora Mendes Júnior. Uma vergonha. > Íntegra da notícia. (Site Contas Abertas)

Repórteres da Época tiveram acesso aos documentos de defesa do Renan Calheiros e conclusão deles é de que a papelada composta por extratos bancários, declarações de Imposto de Renda e levantamento sobre a evolução patrimonial não comprova o que o senador vem dizendo, que ele que pagou as despesas com a Mônica Veloso e com a filha que tiveram. O acesso aos documentos foi oferecido à revista pelo próprio Renan, que temia novas revelações por parte da Veja desta semana, o que acabou não ocorrendo. Os repórteres apuraram que os saques bancários do senador não coincidem com os pagamentos que ele diz ter feito à jornalista Mônica. > Época tem acesso à defesa do senador Renan (Globo OnLine)

A Istoé, que já foi uma revista de credibilidade, minimiza as suspeitas de que Renan Calheiros (PMDB/AL) teve suas despesas com a jornalista Mônica Veloso pagas pela Construtora Mendes Júnior e dá destaque à versão de que o senador vinha sofrendo chantagem de sua agora ex-namorada, com quem teve uma filha. Mesmo ressaltando que Renan evita admitir que foi vítima de chantagem, a revista diz que teve acesso à degravação de cinco CDs de conversas com o senador gravadas pela Mônica nas quais fica evidente, segundo a Istoé, que a atitude da jornalista estava “muito próxima” da extorsão”. Os CDs fariam parte do processo que Mônica moveu na Vara de Família de Brasília para obter do senador pensão alimentícia à filha de ambos. O advogado da jornalista, Pedro Calmon, disse que “nunca ouviu falar” dessa gravação e que o processo judicial que a revista cita não existe. “O senador Renan reconheceu a paternidade da criança numa escritura pública”, disse o advogado. Calmom vai interpelar jud