Artigo de Maria Sylvia Carvalho Franco, na Folha "A Raposa e o Cordeiro LULA PROJETOU, sempre, a figura pacificadora do conservador, distribuindo benesses a ricos e pobres, valendo-se da dominação política tradicional. Mas qual a forma visível desse poder? Mesmo quando se dizia contrário à ordem estabelecida, Lula nunca apareceu na figura do guerreiro valente, irado e fogoso, no brilho e tilintar dos ferros, com os punhos cerrados e a lança em riste, as presas aguçadas e o olhar flamejante das grandes feras épicas: o leão corajoso, prestes ao assalto, não é metáfora que lhe sirva. Em vez da imagem armada para infundir temor e respeito diretos no adversário, Lula escolheu a via tortuosa da esperteza, minando as instituições, atingindo o calcanhar de adversários e aliados: o dinheiro, num mundo de mercado e escassez, foi seu astucioso aparato destrutivo; desmoralizou a soberania e a representação do povo, catalisou a desonra de pessoas, admitiu a corrupção de consciênc
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