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Depois de, entre outras informações, ter revelado à repórter Soraya Aggege, de "O Globo", que o PT tinha plano de arrecadar R$ 1 bilhão para se manter no poder, Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido, ficou desesperado e pediu que nada fosse publicado porque teme ser morto. Disse: " Vão me matar. Eles vão me matar, você não entende. Não faça isso comigo. Tem muita gente importante envolvida nisso." "Eles" quem? De acordo com o próprio Silvinho, quando estourou o escândalo do mensalão, Marcos Valério confessou ter medo de ser assassinado como o PC Farias, o tesoureiro do Collor. Ser assassinado por quem? Até hoje se mantém nebulosa a história do seqüestro seguido de assassinato em 2002   do prefeito petista de Santo André Celso Daniel, que estaria envolvido em arrecadação de propina para o partido. Sete testemunhas do caso já morreram, e os irmãos do prefeito estão sob ameaça de morte. Ameaçados por quem? Pergunta que nã

( Neste texto, Soraya Aggege revela  que o estado emocional de Silvinho é precário) SÃO PAULO. Depois de um total de oito horas de entrevistas, divididas em dois dias, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira chegou a pedir que o conteúdo das conversas não fosse publicado, dando a entender que está sob muita pressão e que acredita que correria "risco de vida". Disse que não tem estrutura financeira sequer para se sustentar e que também prometeu à família que não falaria com a imprensa. Contou que tem sido muito pressionado para se manter em silêncio e que suas revelações poderiam provocar nova crise política. A repórter argumentou que não poderia omitir as informações obtidas, já que ele havia concordado com a publicação e feito revelações importantes. Silvio, então, ficou muito nervoso, ameaçou se matar e reteve em seu apartamento, no Centro de São Paulo, os documentos que havia entregado à jornalista, além de um dos cadernos de anotações da repórter. Silvio foi

(Seqüência da reportagem de Soraya Aggege, de "O Globo") Submetido nos últimos 12 meses à "lei do silêncio" imposta pelo PT, o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira rompeu o pacto e relatou, em duas conversas exclusivas com O GLOBO, na quarta e na quinta-feira passadas, o que ainda não havia contado sobre o esquema do valerioduto. Em seu apartamento no bairro Bela Vista, Centro de São Paulo, Silvio disse que tentou contar tudo à nova direção do PT e que telefonou para o presidente do partido, Ricardo Berzoini, se pondo à disposição. Não conseguiu ser ouvido. Um ano depois das primeiras denúncias de corrupção nos Correios, que desaguaram no escândalo do valerioduto, o que Silvio conta são detalhes da operação comandada pelo empresário Marcos Valério e a antiga cúpula do PT, da qual fazia parte como secretário-geral, e também sobre o esquema de distribuição de cargos para petistas e aliados no governo, a operação da máquina do partido

(Continua a reportagem de Soraya Aggege, de "O Globo") SÃO PAULO. Na entrevista ao GLOBO, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira disse que não procurava empresários para arrecadar fundos para campanhas eleitorais e apontou quem mandava no partido na campanha de 2002: — Eu nunca me reuni com empresários. A imprensa toda sabia o que eu fazia: levantamento de dados, análises dos palanques estaduais e nacionais, cruzamento de dados, análise política. Sempre fui da organização partidária. Quem mandava? Quem mandava eram Lula, (José) Genoino, (Aloizio) Mercadante e Zé Dirceu. Eu não estava à altura desse time. A seguir, outros trechos da entrevista:   "Nas veias do Zé corre política"   "Num domingo, segundo turno, eu cheguei no Zé Dirceu: 'Zé, eu estou há 22 anos no PT e não vou me candidatar, não é a minha área. Quero ir para o governo'. E o Zé: 'Não, você vai ter que ficar no partido'. Foi o meu primeiro não para o Zé. Mas e

Do jornal "O Globo" deste domingo PT tinha plano de faturar R$ 1 bilhão, diz Silvinho Soraya Aggege SÃO PAULO   Submetido nos últimos 12 meses à "lei do silêncio" imposta pelo PT, o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira rompeu o pacto e relatou, em duas conversas exclusivas com O GLOBO, na quarta e na quinta-feira passadas, o que ainda não havia contado sobre o esquema do valerioduto. Em seu apartamento no bairro Bela Vista, Centro de São Paulo, Silvio disse que tentou contar tudo à nova direção do PT e que telefonou para o presidente do partido, Ricardo Berzoini, se pondo à disposição. Não conseguiu ser ouvido. Um ano depois das primeiras denúncias de corrupção nos Correios, que desaguaram no escândalo do valerioduto, o que Silvio conta são detalhes da operação comandada pelo empresário Marcos Valério e a antiga cúpula do PT, da qual fazia parte como secretário-geral, e também sobre o esquema de distribuição de cargos para petistas e aliados

Deu na no Observatório da Imprensa : "Lula e Casas Bahia, era essa a notícia Por Rolf Kuntz em 2/5/2006 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva converteu-se na semana passada em garoto-propaganda. Foi à inauguração de um depósito das Casas Bahia, em São Bernardo do Campo (SP). Discursou de improviso, como de costume, e identificou sua opção de governo com a estratégia comercial de uma lucrativa rede varejista. "A minha concepção de tratamento deste país", disse Lula ao empresário Samuel Klein, "é a concepção que o senhor teve de estabelecer a sua parceria com a parcela pobre da população." "Estou convencido", disse também, "de que vai acontecer neste país o mesmo que aconteceu nas Casas Bahia." A declaração foi pública. Quem poderá reclamar se Klein usar a declaração de Lula nas campanhas de sua rede? Seus concorrentes? A maior parte da imprensa deu pouca importância à atuação do presidente como garoto-propaganda. Ou menos